De olho na diversificação da sua carteira de investimentos, você quer aplicar em alternativas mais arrojadas, como renda variável, mas está em dúvida sobre investir em BDR ou direto no exterior? Então veio ao lugar certo para conhecer mais a fundo as duas possibilidades e te ajudar a escolher em qual investir!
Em um mercado globalizado e cada vez mais conectado, investir em ações de empresas estrangeiras se tornou algo mais acessível do que anos atrás. No Brasil, uma dessas oportunidades se apresenta na forma de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), títulos negociados no mercado brasileiro que representam ativos negociados no exterior.
Outra possibilidade envolve a compra direta de ativos no exterior. Mas qual das duas opções é a melhor para o investidor brasileiro? Neste artigo, examinaremos os prós e contras de cada opção e vamos ver como você pode começar a investir no mercado internacional.
O que é e como investir em BDRs?
Os BDRs são certificados de depósito de valores mobiliários, negociados no Brasil, que representam ativos (como ações) emitidos por empresas estrangeiras. Ao investir em BDRs, o investidor não adquire a ação de forma direta, mas de um título que reflete o desempenho desses ativos no mercado internacional.
Um dos principais atrativos dos BDRs é que eles permitem ao investidor acessar o mercado externo sem a necessidade de abrir uma conta no exterior. Além disso, os BDRs também costumam pagar dividendos, se tornando assim uma alternativa mais atrativa para quem deseja ter uma fonte de renda passiva.
No entanto, os BDRs também têm suas limitações. Por exemplo, o número de BDRs disponíveis na B3 é significativamente menor do que a quantidade de ações disponíveis diretamente nas bolsas estrangeiras, como NYSE e Nasdaq.
Além disso, ter acesso direto e negociar ações em bolsas de valores estrangeiras, como as americanas, está muito mais fácil e acessível hoje, de forma que as BDRs estão perdendo força. Investir diretamente no exterior, especialmente nos Estados Unidos, apresenta uma série de vantagens em comparação ao investimento em BDRs, as quais vamos conferir agora.
Investir no exterior diretamente: vale a pena?
Realizar investimentos diretamente no exterior pode abrir um leque extenso de vantagens, dentre elas a possibilidade de acessar uma maior diversidade de possibilidades de investimento. Quando investidores adquirem ativos diretamente em mercados estrangeiros, eles têm à sua disposição uma ampla variedade de alternativas, incluindo ações, REITs (Real Estate Investment Trusts), ETFs, ADRs (American Depositary Receipts) e outras.
Uma grande vantagem do investimento direto em mercados internacionais, especialmente nos Estados Unidos, é a isenção do Imposto de Renda sobre o ganho de capital para vendas que não excedam R$ 35 mil em um mesmo mês. Essa isenção se aplica exclusivamente aos ganhos provenientes das variações cambiais.
Por outro lado, os lucros obtidos por BDRs são tributados em 15% no Imposto de Renda (ou 20% no caso de day trade). Essa diferença na rentabilidade líquida mostra que investir diretamente no exterior pode ser mais vantajoso, especialmente em cenários de valorização cambial.
Os investidores que optam pelos BDRs também pagarão taxas de serviço que variam de 2% a 5% sobre o valor de dividendos distribuídos no exterior pelos ativos correspondentes. Essas taxas são aplicadas pela instituição financeira quando os dividendos são pagos no exterior.
Outro ponto a considerar é a quantidade mínima necessária para aquisição. Enquanto a menor cota de BDR a ser comprada é uma unidade, nos mercados internacionais, é possível adquirir frações de ações ou ETFs, oferecendo uma maior flexibilidade na alocação de capital.
Investir em nações com moedas fortes, como os Estados Unidos, proporciona a oportunidade de investir diretamente em dólar em uma ampla gama de possibilidades. Há mais de 6.400 ações e ETFs sendo negociados nas bolsas de valores americanas, enquanto, no Brasil, há menos de 1.000 BDRs disponíveis.
Por fim, vale reforçar que os mercados internacionais são compostos por grandes investidores globais, garantindo maior liquidez para ações e fundos negociados.
Esse é um detalhe relevante para você investidor, pois, quanto maior a liquidez, menor será a diferença entre as ofertas de compra e venda, resultando em custos reduzidos para os investidores interessados em adquirir ou vender ativos.
Investir em BDR ou direto no exterior: qual a melhor opção?
Ao decidir se deve investir em BDRs ou diretamente no exterior, o investidor deve considerar fatores como seu nível de familiaridade com o mercado de renda variável, suas expectativas de retorno, suas necessidades de liquidez, entre outros detalhes.
A principal vantagem dos BDRs é a praticidade, já que permite investir em grandes empresas internacionais sem precisar fazer câmbio do real para o dólar. Entretanto, BDRs apresentam limitações.
A primeira delas é a diversidade de alternativas. Enquanto nos EUA, por exemplo, você tem acesso a milhares de ações e ETFs, no Brasil, o número de BDRs disponíveis é significativamente menor.
A questão dos proventos também é uma desvantagem: parte dos dividendos é retida na fonte nos EUA (30%) e, no Brasil, além do IOF (0,38%), há uma taxa adicional em dólar. Além disso, diferente do investimento direto, não há isenção de imposto sobre ganho de capital em BDRs.
Já investimentos diretamente no exterior abrem um leque maior ao investidor, que pode se tornar acionista das maiores empresas de capital aberto no mundo diretamente do seu smartphone, com baixo custo e de forma instantânea.
Também há custos envolvidos, como IOF e taxa de serviço da instituição em que será feita a compra das ações, mas ainda assim são menores que investir em BDRs. Confira o comparativo entre investir em BDR ou direto no exterior:
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Como investir direto no exterior? Passo a passo
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Além disso, a conta aberta é assegurada em até US$ 500 mil pelo SIPC. Com tudo isso, investir no exterior nunca foi tão fácil.
Vamos ao passo a passo:
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