por
Time Nomad
15 min.
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Publicado em
3/10/2025
Quando você pensa em investir em dólar, o que vem à sua mente? Ações de grandes empresas? Talvez ETFs? Essas são ótimas opções, mas existe um universo de possibilidades na renda fixa americana que pode trazer mais equilíbrio e previsibilidade para sua carteira. É aqui que entram os Corporate Bonds.
Se o termo parece complicado, não se preocupe. A lógica por trás dos títulos corporativos é mais simples do que você imagina e, ao final deste guia, você vai entender por que eles são uma peça tão importante na estratégia de grandes investidores.
Vamos desvendar juntos o que são Corporate Bonds, como funcionam e de que forma você pode adicioná-los aos seus investimentos globais.
Corporate Bonds, ou Títulos Corporativos, são títulos de dívida emitidos por empresas. Na prática, quando uma companhia precisa de dinheiro para financiar projetos, expandir suas operações ou gerenciar suas finanças, ela pode pegar esse dinheiro “emprestado” com investidores.
Ao comprar um Corporate Bond, você está basicamente emprestando dinheiro para essa empresa. Em troca, ela se compromete a te devolver o valor principal (o dinheiro que você emprestou) em uma data futura e a pagar juros periódicos sobre esse valor, conhecidos como “cupons”.
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Imagine que a Apple quer construir uma nova fábrica e precisa de US$ 1 bilhão. Em vez de pegar um empréstimo no banco, ela pode emitir US$ 1 bilhão em bonds.
Você, como investidor, pode comprar uma fração desse valor, digamos, um bond de US$ 1.000. Com isso, a Apple se compromete a te pagar juros (o cupom) a cada seis meses, por exemplo, e devolver seus US$ 1.000 no final do prazo combinado, que pode ser de 5, 10 ou 30 anos.
Simples, não é? Você se torna um credor da empresa.
Essa é uma dúvida muito comum. A diferença é primordial:
Bonds costumam ter um risco menor que ações, pois, em caso de falência da empresa, os detentores de bonds têm prioridade para receber o pagamento sobre os acionistas.
Para navegar no mundo dos títulos corporativos, é bom se familiarizar com alguns termos básicos:
Também conhecido como valor de par ou principal. É o valor total que a empresa pegou emprestado e que se compromete a pagar de volta ao investidor na data de vencimento do bond.
É a taxa de juros que a empresa paga ao investidor. Se um bond de US$ 1.000 tem um cupom de 5% ao ano, você receberá US$ 50 de juros anualmente, geralmente pagos em duas parcelas semestrais de US$ 25.
É a data em que o bond “expira”. Nesse dia, a empresa devolve o valor de face integralmente ao investidor, e os pagamentos de juros se encerram.
Nem todos os bonds são iguais. Eles são classificados principalmente pelo risco de crédito da empresa emissora.
Agências de classificação de risco, como a S&P e a Moody's, analisam a saúde financeira das empresas e atribuem uma nota (rating) que indica a probabilidade de elas honrarem suas dívidas.
A escolha entre um e outro depende do seu perfil de investidor e da sua tolerância ao risco.
Os bonds também são classificados pelo seu prazo de vencimento:
Geralmente, bonds de longo prazo oferecem taxas de juros mais altas para compensar o fato de que seu dinheiro ficará “preso” por mais tempo.
Existem ainda outras classificações, como secured bonds (garantidos por ativos da empresa) e unsecured bonds (não possuem uma garantia específica), que adicionam outras camadas de análise ao investimento.
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Como qualquer investimento, os títulos corporativos têm seus prós e contras. A decisão de investir em bonds deve estar alinhada à sua estratégia geral de diversificação de investimentos.
Graças à tecnologia e a plataformas como a Nomad, hoje é muito mais simples investir no mercado americano. Existem basicamente duas formas de se expor a Corporate Bonds:
Você pode comprar bonds específicos de empresas que escolher. Essa abordagem exige mais pesquisa e um capital maior para conseguir uma boa diversificação, já que o valor de um único bond pode ser de US$ 1.000 ou mais.
Para a maioria dos investidores, os ETFs de renda fixa são a forma mais fácil e eficiente. Um ETF de bonds é um fundo que investe em uma cesta diversificada de centenas ou milhares de títulos corporativos diferentes. Ao comprar uma única cota de um ETF, você já está diversificando automaticamente seu risco entre várias empresas, setores e vencimentos.
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O rendimento (yield) varia muito com base no rating de crédito da empresa e no prazo do bond. Bonds High Yield podem oferecer rendimentos significativamente maiores que os Investment Grade, mas com maior risco.
Sim. Através de corretoras que dão acesso ao mercado americano, como a Nomad, qualquer investidor brasileiro pode comprar ETFs de Corporate Bonds com valores acessíveis.
Quando o Federal Reserve (o banco central americano) sobe os juros, os bonds mais antigos, com cupons menores, tendem a se desvalorizar no mercado secundário. O contrário também é verdadeiro.
O conteúdo disponibilizado aqui não constitui ou deve ser considerado como conselho, recomendação ou oferta pela Nomad. Este material tem caráter exclusivamente informativo. Todo investimento envolve algum nível de risco. Rendimentos passados não são indicativos de rendimentos futuros. Siga sempre o seu perfil de investidor. A Nomad Wealth Management Ltda. (“Nomad Wealth”), é uma entidade que atua como consultor de Valores Mobiliários autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, atuando de forma independente em território brasileiro. Ao contratar seus serviços, o cliente pode receber recomendações personalizadas e orientações estratégicas considerando seu perfil de risco, os seus objetivos e sua situação financeira. Os serviços da Nomad Wealth visam auxiliar investidores na tomada de decisões de investimento, porém não garantem resultados e não substituem sua análise. Leia os avisos legais.
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