por
Time Nomad
15 min.
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Publicado em
18/9/2025
Investir no mercado de ações americano pode parecer uma tarefa complexa. São milhares de empresas para analisar, notícias diárias e um ritmo que nunca para. Mas e se houvesse uma forma de investir nas 500 maiores e mais importantes empresas dos Estados Unidos — como Apple, Microsoft, Amazon e NVIDIA — de uma só vez? Essa forma existe, e ela atende pelo nome de S&P 500.
Este índice não é apenas um indicador; ele é o grande termômetro da economia americana, representando a força e a inovação das maiores potências corporativas do mundo. Para investidores globais, ele se tornou uma das portas de entrada mais populares e práticas para a dolarização do patrimônio.
Neste guia completo, vamos explicar o que é o S&P 500 e apresentar as formas mais práticas e acessíveis de investir nele, mesmo morando no Brasil.
O S&P 500, sigla para Standard & Poor's 500, é o principal índice do mercado financeiro global. Ele é uma carteira teórica composta pelas 500 maiores e mais representativas empresas de capital aberto listadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos.
Sua importância é imensa. Por abranger cerca de 80% de todo o valor de mercado das ações americanas, ele é amplamente considerado o benchmark, ou seja, a principal referência de desempenho para a economia dos EUA. Quando você ouve no noticiário que "a bolsa americana subiu", na maioria das vezes, a referência é o desempenho do S&P 500.
Ele é um índice ponderado pela capitalização de mercado, o que significa que empresas com maior valor de mercado, como a Apple e a Microsoft, têm um peso maior em sua composição e, consequentemente, um impacto maior em sua performance. Para saber mais detalhes, você pode conferir nosso artigo completo sobre o S&P 500.
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A popularidade do S&P 500 entre investidores, de iniciantes a bilionários, não é por acaso. A estratégia de investir no índice oferece benefícios claros, especialmente para quem foca no longo prazo.
O maior benefício é a diversificação. Ao investir em um ativo que replica o S&P 500, você está distribuindo seu dinheiro por 500 empresas de dezenas de setores diferentes: tecnologia, saúde, finanças, consumo, indústria, energia e muito mais. Isso dilui drasticamente o risco de seu investimento depender do sucesso ou fracasso de uma única companhia.
A lista de empresas do S&P 500 é um verdadeiro "quem é quem" da economia mundial. São as companhias mais lucrativas, inovadoras e com maior alcance global, listadas em bolsas como a NYSE. Investir no índice significa participar do crescimento e dos lucros dessas potências.
Como veremos a seguir, a forma mais comum de investir no S&P 500 é através de fundos com taxas de administração extremamente baixas. Isso torna a estratégia não apenas simples de executar, mas também muito eficiente em termos de custos, permitindo que mais do seu dinheiro fique com você, rendendo ao longo do tempo.
É importante esclarecer um ponto: ninguém pode "comprar o índice" diretamente, pois ele é apenas uma carteira teórica, um conceito. O que os investidores fazem é comprar cotas de fundos que têm como único objetivo replicar o desempenho do S&P 500. E a ferramenta mais comum para isso são os ETFs (Exchange Traded Funds).
Um ETF do S&P 500 é um fundo de investimento que possui em sua carteira todas as ações que compõem o índice, na mesma proporção. As cotas desse fundo são negociadas na bolsa de valores como se fossem uma ação comum, permitindo que você compre e venda ao longo do dia. Com uma única ordem de compra de um ETF, você está, na prática, comprando uma pequena fração de todas as 500 empresas do índice.
Antes de falarmos dos principais ETFs americanos, vale mencionar que existe uma forma indireta de se expor ao S&P 500 através da bolsa brasileira: os BDRs de ETFs. Um BDR é um certificado negociado no Brasil que representa um ativo negociado no exterior.
Existem BDRs que replicam os ETFs de S&P 500, como o IVVB11. Embora seja uma alternativa, investir diretamente nos ETFs americanos oferece vantagens como maior liquidez, custos geralmente menores e o recebimento de dividendos em dólar.
No mercado americano, três ETFs se destacam como os gigantes que replicam o S&P 500. Eles são muito parecidos, mas têm pequenas diferenças.
Lançado em 1993, o SPY foi o primeiro ETF dos Estados Unidos e continua sendo o maior em ativos sob gestão e o mais negociado do mundo. Sua liquidez imbatível o torna o favorito de traders e grandes investidores institucionais que precisam movimentar grandes volumes rapidamente.
Gerido pela BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, o IVV é outra opção a ser considerada. Ele oferece uma replicação quase perfeita do índice e sua principal vantagem em relação ao SPY é sua taxa de administração (expense ratio) mais baixa.
Criado pela Vanguard, uma gestora famosa por sua filosofia de baixo custo, o VOO é o concorrente direto do IVV. Ele também possui uma taxa de administração extremamente baixa, idêntica à do IVV. A Vanguard é uma das pioneiras em investimentos passivos e seu ETF reflete essa eficiência.
Para o investidor pessoa física focado no longo prazo, a escolha é simples: tanto o IVV quanto o VOO são opções bastante utilizadas. Por terem taxas de administração menores, eles tendem a ser mais eficientes que o SPY ao longo de muitos anos. Na prática, o retorno dos três é quase idêntico, e a decisão entre eles muitas vezes se resume à preferência pela gestora.
O processo para se expor ao principal índice do mundo é mais simples do que você imagina.
Para entender o processo em mais detalhes, veja nosso guia sobre como investir nos Estados Unidos.
Para muitos investidores, investir no S&P 500 através de ETFs é considerado uma das estratégias acessíveis e diversificadas para a construção de patrimônio em dólar no longo prazo. É uma forma de evitar a complexidade de escolher ações individuais e, ao mesmo tempo, participar do crescimento das empresas que lideram a economia global.
Para o investidor brasileiro, essa é uma porta de entrada para o mercado americano, unindo simplicidade, baixo custo e um potencial de retorno atrelado à força da maior economia do mundo.
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