Tudo sobre o mercado de capitais (Ações, ETFs e BDRs)

Ainda investe apenas no Brasil? Você está perdendo 50% do mercado global! Entenda o que é o mercado de capitais, como funciona e como acessar as maiores empresas do mundo.

por

Time Nomad

15 min.

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Publicado em

18/12/2025

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Você já parou para pensar no que realmente movimenta as engrenagens das maiores economias do mundo? Quando olhamos para arranha-céus em Nova York, inovações tecnológicas no Vale do Silício ou grandes obras de infraestrutura no Brasil, estamos vendo, na prática, o resultado do mercado de capitais.

Para muitos, esse termo ainda soa como algo distante, restrito a "tubarões" de Wall Street ou especialistas em terno e gravata. Mas a verdade é libertadora: o mercado de capitais é, acima de tudo, um ambiente democrático de oportunidades. É o lugar onde quem poupa dinheiro se encontra com quem precisa dele para empreender e crescer.

Neste guia completo, vamos desmistificar esse universo. Você entenderá a mecânica da bolsa de valores, conhecer os produtos disponíveis e descobrir por que limitar seus investimentos apenas ao Brasil pode estar freando sua construção de patrimônio. Se você quer saber como investir de verdade e acessar as maiores empresas do planeta, você está no lugar certo.

O que é mercado de capitais e qual a sua função?

Imagine um grande sistema circulatório que irriga a economia. O mercado de capitais é uma parte vital desse sistema. De forma técnica, é um conjunto de instituições e instrumentos que permitem a transferência de recursos de agentes superavitários (investidores, como você) para agentes deficitários (empresas e governos que precisam de capital).

Mas, vamos simplificar. Pense no mercado de capitais como uma ponte.

  • De um lado da ponte, estão as empresas. Elas querem expandir fábricas, criar novos softwares, contratar pessoas ou abrir novas filiais. Para isso, elas precisam de dinheiro.
  • Do outro lado, estão os investidores. Pessoas e instituições que têm recursos guardados e querem que esse dinheiro renda mais do que a inflação.

O mercado de capitais conecta esses dois lados através da negociação de títulos e valores mobiliários. Ao atravessar essa ponte, o dinheiro do investidor financia o crescimento da empresa. Em troca, o investidor recebe um direito sobre a empresa (no caso de ações) ou um direito de recebimento com juros (no caso de dívidas).

Diferença entre Mercado Financeiro e Mercado de Capitais

É muito comum confundir os termos, mas existe uma distinção que você precisa dominar para navegar com clareza:

  1. Mercado Financeiro: É o termo "guarda-chuva". Ele engloba todo o ambiente de compra e venda de valores financeiros. Dentro dele, temos o mercado de crédito (empréstimos bancários), o mercado de câmbio (troca de moedas), o mercado monetário (curto prazo) e, claro, o mercado de capitais.
  2. Mercado de Capitais: É um segmento específico do mercado financeiro focado no médio e longo prazo. Enquanto no mercado de crédito você pega um empréstimo com o banco, no mercado de capitais a empresa busca sócios ou credores diretamente na bolsa, emitindo papéis.

A grande função do mercado de capitais é promover o desenvolvimento econômico. Sem ele, as empresas dependeriam apenas de empréstimos bancários (que costumam ser caros e limitados) ou do próprio lucro para crescer, o que tornaria o processo muito mais lento.

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Como funciona o mercado de capitais: Primário vs. Secundário

Para operar com confiança, é essencial entender que as negociações acontecem em dois "momentos" ou ambientes distintos. Compreender essa dinâmica evita confusões comuns sobre para onde vai o seu dinheiro.

1. Mercado Primário: Onde tudo nasce

Este é o momento de criação. O mercado primário é onde a empresa emite e vende seus títulos pela primeira vez aos investidores.

  • O fluxo do dinheiro: O recurso sai do bolso do investidor e vai direto para o caixa da empresa.
  • Exemplo Clássico: O IPO (Initial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial). É quando uma empresa decide "abrir o capital" e listar suas ações na bolsa. O dinheiro captado nesse processo é o que financiará os novos projetos da companhia.
  • Follow-on: Se uma empresa já listada decide emitir novas ações para captar mais dinheiro, isso também acontece no mercado primário.

2. Mercado Secundário: A liquidez

Depois que os títulos são vendidos no mercado primário, eles passam a circular no mercado secundário. É aqui que a dinâmica da liquidez acontece. A Bolsa de Valores (como a B3 no Brasil ou a NYSE e Nasdaq nos EUA) é o grande palco desse mercado.

  • O fluxo do dinheiro: O recurso troca de mãos entre investidores. A empresa não recebe mais nada nessas transações.
  • Por que ele importa? Se não existisse o mercado secundário, você compraria uma ação no IPO e teria que ficar com ela para sempre, ou até a empresa fechar. O mercado secundário dá a segurança de que, se você precisar do dinheiro (ou quiser realizar o lucro), haverá outro investidor disposto a comprar seu papel.

Basicamente, quando você abre seu App da Nomad e compra uma ação da Apple, Microsoft ou da Disney, você está operando no mercado secundário, comprando o papel de outro investidor que decidiu vender.

Quais são os principais produtos do mercado de capitais?

A diversidade é uma das maiores vantagens desse mercado. Existem produtos para proteger seu patrimônio e auxiliar na sua construção de patrimônio. Vamos conhecer os principais veículos de investimento disponíveis, especialmente aqueles que você acessa ao investir no exterior.

1. Ações (Stocks)

As ações são, talvez, o ativo mais famoso do mundo. Tecnicamente, elas representam a menor fração do capital social de uma empresa. Ao entender o que são ações, você percebe que não está comprando um bilhete de loteria, mas se tornando sócio de um negócio real.

  • Como se ganha: Você pode lucrar com a valorização do preço da ação (ganho de capital) ou através da distribuição de parte dos lucros da empresa, conhecida como dividendos.
  • Nos EUA: O mercado acionário americano é gigantesco. Lá, você tem acesso às Common Stocks (que dão direito a voto) e Preferred Stocks (com preferência em dividendos), de empresas globais que fazem parte do seu dia a dia.

2. Fundos de Investimento

Para quem não tem tempo ou conhecimento para analisar empresa por empresa, os fundos são uma solução robusta. É como se os fundos de investimento funcionassem como um "condomínio". Vários investidores (cotistas) juntam seu dinheiro, e um gestor profissional decide onde alocar esses recursos.

  • Vantagem: Gestão profissional e diversificação instantânea.

3. ETFs (Exchange Traded Funds)

Os ETFs revolucionaram o mercado de capitais. Eles são fundos, mas suas cotas são negociadas na bolsa como se fossem ações. Geralmente, eles têm uma gestão passiva, ou seja, o objetivo é replicar um índice de mercado.

Um dos exemplos mais clássicos é o ETF que segue o S&P 500. Ao comprar uma cota desse ETF, você está, indiretamente, investindo nas 500 maiores empresas dos Estados Unidos de uma só vez. É uma das formas mais eficientes e baratas de diversificar globalmente.

4. BDRs (Brazilian Depositary Receipts)

Muitos brasileiros começam a olhar para o exterior através dos BDRs. Mas é importante saber o que você está comprando. O BDR é um certificado negociado na bolsa brasileira (B3) que representa uma ação estrangeira.

  • O detalhe: Ao comprar um BDR, você não está tirando seu dinheiro do Brasil. Você investe em reais e a instituição mantém a custódia do ativo localmente. Embora seja prático, você não tem a proteção cambial real de ter ativos dolarizados em uma conta nos EUA, ficando ainda sujeito ao risco-país do Brasil.

5. Renda Fixa (Bonds)

Sim, existe renda fixa no mercado de capitais. Nos EUA, eles são chamados de Bonds. São títulos de dívida emitidos por empresas (Corporate Bonds) ou pelo governo (Treasuries). É como se você emprestasse dinheiro para a Coca-Cola ou para o governo americano e recebesse juros em dólar por isso. É um mercado trilionário e considerado uma das alternativas de menor volatilidade do mundo.

Antes de investir: Conheça seu perfil

Com tantas opções, como saber o que escolher? Tudo começa pelo autoconhecimento. Antes de enviar sua primeira ordem de compra, é essencial definir o seu perfil de investidor.

Geralmente, o mercado classifica os investidores em três categorias:

  1. Conservador: Prioriza a segurança e a liquidez acima da rentabilidade. Prefere Renda Fixa e títulos do Tesouro.
  2. Moderado: Aceita correr um pouco de risco em busca de retornos maiores, mesclando Renda Fixa com uma parcela de Ações ou Fundos Multimercado.
  3. Arrojado (ou Agressivo): Tem foco no longo prazo e entende que a volatilidade faz parte do jogo. Aceita oscilações bruscas no curto prazo para buscar ganhos expressivos no futuro, investindo pesado em Ações, Stocks e REITs.

Entender onde você se encaixa evita que você tome decisões emocionais em momentos de instabilidade do mercado.

Brasil x Estados Unidos: um comparativo de gigantes

Investir no Brasil é importante e o mercado local tem evoluído muito, mas o investidor que fica restrito às fronteiras nacionais está jogando em um aquário enquanto poderia nadar no oceano.

O cenário brasileiro: Evolução e Resiliência

O mercado de capitais brasileiro mostrou sua força nos últimos anos. Um estudo importante da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), divulgado em 2022, trouxe dados reveladores: as operações no mercado de capitais brasileiro quadruplicaram nas últimas quase três décadas.

O volume financeiro saltou de forma impressionante, alcançando a marca de R$ 365,2 bilhões. Esse crescimento reflete um amadurecimento do investidor brasileiro, que, com a queda histórica dos juros vivida em períodos recentes, aprendeu a buscar alternativas além da Poupança. As empresas brasileiras também aprenderam a usar a bolsa para se financiar, reduzindo a dependência do BNDES e dos grandes bancos.

O cenário americano: A potência global

Apesar dos números robustos do Brasil, quando colocamos lado a lado com os Estados Unidos, a diferença de escala é brutal.

  • Tamanho de Mercado: As bolsas americanas (NYSE e Nasdaq) concentram, sozinhas, cerca de 40% a 50% de todo o valor de mercado acionário do mundo.
  • Quantidade de Empresas: Enquanto a B3 luta para manter 400 a 500 empresas listadas, as bolsas americanas possuem milhares de companhias listadas.
  • Variedade Setorial: Esse é o ponto chave. No Brasil, o índice Ibovespa é muito concentrado em bancos, commodities (petróleo e minério) e varejo. Nos EUA, você investe nos setores que estão desenhando o futuro: inteligência artificial, biotecnologia, exploração espacial, semicondutores e energias renováveis.

Investir nos EUA não é apenas sobre rentabilidade; é sobre acesso. É a possibilidade de ser sócio das marcas que você usa todos os dias e proteger seu patrimônio em uma moeda forte, o dólar, blindando seu poder de compra contra a inflação e instabilidades políticas locais.

Por que o mercado de capitais é essencial para o investidor?

Talvez você ainda se pergunte: "Mas por que eu deveria tirar meu dinheiro da segurança da renda fixa bancária?". A resposta está na construção de riqueza real.

O mercado de capitais é uma das poucas ferramentas capazes de gerar juros compostos de forma acelerada no longo prazo.

  1. Proteção contra a inflação: Historicamente, ações de boas empresas tendem a repassar a inflação para os preços de seus produtos, protegendo o capital do investidor.
  2. Renda Passiva em Dólar: Nos EUA, muitos Stocks e REITs (primos dos fundos imobiliários) pagam dividendos trimestrais ou até mensais. Receber renda em moeda forte é uma estratégia poderosa para aposentadoria.
  3. Participação na Inovação: Investindo no mercado de capitais, você financia a inovação. Você tem a oportunidade de buscar ganhos com o crescimento da economia global.

Como as empresas usam o mercado para se financiar?

Para fechar o entendimento, vale a pena olhar pelo lado da empresa. Por que abrir capital? Imagine uma empresa de tecnologia que descobriu uma solução revolucionária, mas precisa de US$ 1 bilhão para construir a fábrica e distribuir o produto. Se ela for ao banco, pagará juros altíssimos.

Ao ir ao mercado de capitais (IPO), ela vende uma parte da empresa para milhares de investidores. Ela não precisa "devolver" esse dinheiro com juros mensais. Em troca, ela divide os lucros futuros e o poder de decisão com esses novos sócios. Esse mecanismo é o que permitiu que empresas de garagem, como a Apple na década de 70, se tornassem impérios trilionários. E é esse mecanismo que você acessa ao investir.

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O conteúdo disponibilizado aqui não constitui ou deve ser considerado como conselho, recomendação ou oferta pela Nomad. Este material tem caráter exclusivamente informativo. Todo investimento envolve algum nível de risco. Rendimentos passados não são indicativos de rendimentos futuros. Siga sempre o seu perfil de investidor. A Nomad Wealth Management Ltda. (“Nomad Wealth”), é uma entidade que atua como consultor de Valores Mobiliários autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, atuando de forma independente em território brasileiro. Ao contratar seus serviços, o cliente pode receber recomendações personalizadas e orientações estratégicas considerando seu perfil de risco, os seus objetivos e sua situação financeira. Os serviços da Nomad Wealth visam auxiliar investidores na tomada de decisões de investimento, porém não garantem resultados e não substituem sua análise. Leia os avisos legais.

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