por
Time Nomad
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Publicado em
7/3/2025
Se tem uma coisa que atrai pessoas que investem, é a rentabilidade. Mesmo que demore um pouco, quem não quer ter o sossego de receber retorno dos seus investimentos direto na carteira? Se esse cenário despertou seu interesse, vale a pena entender mais sobre REITs.
A seguir, você vai entender melhor sobre um dos tipos de investimentos mais populares dos Estados Unidos, as vantagens e riscos de apostar nesses ativos, e quais expectativas você pode ter sobre adicionar REITs na sua carteira de investimentos. Vamos lá?
Com algumas similaridades aos FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário) brasileiros, o Real Estate Investment Trust (REIT) é uma empresa que possui, opera ou financia imóveis que geram renda. Inspirados em fundos mútuos, os REITs juntam o capital de diversos investidores, permitindo que investidores individuais recebam dividendos de investimentos imobiliários, sem precisar adquirir, gerenciar ou financiar propriedades por conta própria.
Os REITs proporcionam um fluxo de renda estável para os investidores, uma vez que são obrigados a distribuir a maior parte de seus lucros sob a forma de dividendos. Embora seu foco principal seja a geração de renda, determinados segmentos e estratégias podem oferecer também oportunidades de valorização de capital. Por serem negociados publicamente, oferecem alta liquidez em comparação aos investimentos imobiliários tradicionais.
Os REITs permitem que qualquer pessoa tenha cotas de um portfólio diversificado de ativos imobiliários nos EUA, com liquidez e sem precisar investir muito dinheiro. E o cotista ainda tem a vantagem de receber tanto pela valorização das cotas quanto pelos aluguéis recebidos dos inquilinos.
Para se qualificar como REIT, uma empresa deve:
Em regra, os REITs podem ser agrupados em duas grandes categorias em relação ao seu tipo de atuação no setor imobiliário:
Além desses dois tipos, existem os que têm uma mistura entre Equity e Mortgage REIT. Conhecidos como Hybrid REIT, eles podem investir tanto em imóveis físicos quanto em títulos ligados ao setor imobiliário.
Há ainda algumas divisões de REITs conforme o setor imobiliário. São comuns nomenclaturas como REITs residenciais, hospitalares, de escritórios, industriais e assim por diante. Cada setor possui suas particularidades e é preciso estudá-las para montar a melhor estratégia.
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Apesar de serem parecidos, os REITs e FIIs têm algumas diferenças, conforme exposto a seguir:
Além dessas diferenças técnicas, existe ainda uma diferença no nível de maturidade dos mercados, expostos abaixo:
“Os REITs apresentam um histórico de retornos competitivos para seu nível de risco, impulsionados por pagamentos consistentes de dividendos e pela valorização gradual dos ativos imobiliários ao longo do tempo. Essa combinação torna os REITs uma classe de ativos eficiente para diversificação e geração de renda.
Quando comparados com a compra de imóveis físicos – principalmente em relação a imóveis internacionais – eles destacam vantagens como simplicidade, liquidez, transparência e diversificação.
Com isso, é possível dizer que os REITs têm obtido um desempenho excepcional, tanto no curto quanto no longo prazo. O índice FTSE Nareit All Equity REITs Index teve um retorno de 1.680% nos últimos 30 anos, o que equivale a um retorno médio anual composto de 10,1%.
Existem algumas variações de REITs listados na Bolsa de Valores: data centers, escritórios, florestais, galpões, hospedagem, industriais, infraestrutura, residenciais, saúde, varejo, hipotecários (mREITs), diversificados (com mais de um tipo de uso no imóvel) e especializados (imóveis que não se encaixam nas possibilidades listadas).
A vantagem de ter acesso à REITs dos Estados Unidos é poder investir também em segmentos menos tradicionais – como shopping centers, cemitérios e prisões.
Vale lembrar que o melhor momento para comprar ativos e aumentar a rentabilidade é quando as cotações estiverem com desconto.
Além da vantagem de diversificar o portfólio e carteira de investimento, os REITs norte-americanos existem desde a década de 1960 e, por isso, bem mais consolidados que os brasileiros.
Por se tratar de um investimento de retorno a longo prazo, é importante saber os lados positivos e negativos de optar por esse tipo de fundo.
“Por serem negociados em bolsa, os REITs são classificados como ativos de renda variável, com preços que oscilam de acordo com as condições de mercado. Como representam ativos imobiliários, seu desempenho é sensível a movimentos nas taxas de juros. A alta dos juros pressiona negativamente o setor, seja pela elevação da taxa de desconto dos fluxos futuros, seja pela maior atratividade dos ativos de renda fixa, que passam a competir diretamente com os dividendos pagos pelos REITs.
Antes de tomar a decisão de investir em REITs, estude o segmento do fundo escolhido: considere quais as previsões em relação à performance futura desse mercado diante do cenário mundial.
Vale a pena pesquisar também a qualidade dos imóveis, a reputação da empresa responsável, as localizações dos imóveis, e outros indicadores normalmente usados para a análise imobiliária.
Leitura recomendada: Descubra o que é preço sobre lucro (P/L) e como calcular.
Um dos motivos que tornam os REITs populares é o fato de historicamente apresentarem retornos competitivos em relação às ações norte-americanas, com a vantagem adicional de oferecerem fluxo de renda consistente através de dividendos.
Porém, os REITs são investimentos de longo prazo, então o retorno do investimento, para além dos dividendos, pode demorar um pouco para chegar.
Em termos de recorrência de pagamento, essa frequência pode ser mensal, trimestral ou semestral – depende do ativo escolhido. O esperado é que os dividendos cheguem diretamente na conta do beneficiário a cada 3 ou 6 meses.
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