por
Time Nomad
15 min.
-
Publicado em
17/6/2025
O rebalanceamento de carteira é uma estratégia que busca equilibrar os investimentos existentes no seu para mantê-los alinhados à sua estratégia. Esse processo ocorre por meio de uma análise da alocação de ativos, e considera a valorização e a desvalorização dos títulos.
Para ficar mais claro, basta entender que você tem um perfil de investidor, objetivos definidos e uma estratégia a seguir. Quando você apenas compra os papéis e esquece de fazer uma análise posterior, o percentual de cada classe de ativos pode ficar maior ou menor do que aquilo que havia sido planejado.
Você pensou em colocar 30% do seu capital na renda variável, por exemplo. Com o tempo, as ações que compõem seu portfólio tiveram uma valorização geral e passaram a representar um percentual maior, o que levou sua carteira a ter um risco acima do esperado.
E então, como voltar ao seu propósito? A resposta está no rebalanceamento. Entenda melhor esse conceito e saiba aplicá-lo no dia a dia dos seus investimentos.
Rebalanceamento de carteira é uma estratégia de ajuste frequente dos ativos presentes no seu portfólio de investimentos, a fim de manter os percentuais de alocação originais. O objetivo é alcançar o equilíbrio para manter a consistência no longo prazo, em vez de focar no lucro rápido, além de manter o alinhamento às metas traçadas.
A ideia é preservar o seu planejamento inicial em relação a objetivos, perfil de investidor, rentabilidade prevista e nível de risco do portfólio. Para assegurar esse propósito, o processo de ajustar a balança da carteira abrange a venda dos ativos com melhor performance e a compra de títulos que ficaram em segundo plano, para ajustar as porcentagens.
Nesse caso, as incertezas do mercado influenciam a escolha dos ativos, mas não a proporção de cada classe de investimentos na carteira. O motivo é justamente o horizonte mais longo, assim como acontece na estratégia buy and hold.
O rebalanceamento de carteira funciona como o ajuste da alocação dos ativos para voltar ao seu percentual originalmente definido na estratégia. A medida é necessária para eliminar os impactos das oscilações do mercado, que interferem na proporção dos investimentos previamente definida.
Ao adotar esse procedimento, você ajusta a sua carteira de investimentos para:
O rebalanceamento de carteira requer o ajuste periódico da alocação das diferentes classes de ativos por meio da compra e venda de títulos. Esse processo depende da análise da alocação atual para compreensão do contexto.
Para que todo esse processo aconteça, existem 3 principais etapas.
Pode até parecer contraditório em um primeiro momento, mas a venda de ativos valorizados é parte essencial de rebalancear a carteira. Essa escolha, porém, não ocorre de maneira aleatória, mas sim bem estruturada.
A proposta é vender apenas parte dos ativos valorizados, considerando aqueles que tiveram uma alta acima do esperado, a fim de recuperar o equilíbrio da proporção do portfólio. O capital derivado dessas comercializações serve para comprar outros ativos alinhados ao seu propósito.
Essa situação se verifica, por exemplo, em períodos de bull market. A valorização excessiva das ações é interessante, mas eleva bastante o nível de risco da carteira. Nesse cenário, um perfil conservador ou moderado precisa entender o que é rebalanceamento de carteira e aplicar essa estratégia para melhor gerenciar os riscos da carteira.
A segunda etapa é a compra de ativos desvalorizados, que se alinha à venda dos títulos com uma alta expressiva. Ao sair de uma posição, você pode usar o capital para aplicar em outras classes de ativos.
Foque nos papéis de seu interesse, alinhados à sua estratégia e que tenham se desvalorizado recentemente, apresentando, assim, um preço mais atrativo. Essa medida contribuirá para restabelecer o equilíbrio da carteira.
Essa situação é interessante no bear market. Como nesse período há uma desvalorização geral do preço dos ativos, é a oportunidade para você comprar mais papéis por um valor abaixo do esperado.
Ao fazer essa movimentação de compra e venda de ativos, chegamos à terceira etapa do rebalanceamento de carteira: o ajuste da alocação. A proporção original volta a reinar no seu portfólio, mantendo a rentabilidade esperada e o nível de risco certo para o seu perfil.
As vantagens do rebalanceamento de carteira incluem a manutenção da estabilidade geral do portfólio no que se refere a risco e rentabilidade, ao mesmo tempo que você tem mais disciplina para investir. Entenda melhor:
Ao saber como fazer o rebalanceamento de carteira, você diversifica o seu portfólio e realiza uma alocação de ativos adequada ao seu perfil de investidor. O resultado é o controle do risco geral do portfólio, já que você evita a exposição excessiva a títulos de alto risco.
Um dos principais benefícios de equilibrar a sua carteira e voltar aos pesos-alvo originais de cada classe de ativos é ter disciplina. Você avalia seu portfólio de modo a sempre retornar à estratégia definida e manter o foco no longo prazo. As decisões emocionais, portanto, ficam em segundo plano.
Ainda que a venda de ativos muito valorizados pareça errada, essa prática ajuda no longo prazo justamente porque você adquire outros títulos a preços mais atrativos. A prática de vender ativos que se valorizaram e comprar outros que se desvalorizaram busca manter o alinhamento original da carteira, seguindo a estratégia de longo prazo do investidor.
Não existe uma fórmula mágica que define exatamente quando fazer o rebalanceamento de carteira. De modo geral, existem algumas situações indicadas para realizar esse procedimento. Veja, a seguir.
Nesse caso, você define períodos regulares para rebalancear a carteira. Pode ser a cada 6 meses ou 1 ano, por exemplo. É possível fazer em intervalos menores, como 1 mês, mas é preciso analisar o impacto da cobrança de impostos.
De qualquer maneira, o objetivo é usar esse prazo para fazer o procedimento. A vantagem está na disciplina, enquanto a desvantagem é ignorar as oscilações do mercado, o que pode levar à perda de oportunidades.
Outra possibilidade é gerenciar o equilíbrio da carteira sempre que houver um desvio significativo. Você define o limite máximo de porcentagem e, então, atua sempre que esse número é alcançado. A vantagem é que você pode aproveitar as tendências do mercado, mas nem sempre os objetivos de longo prazo são considerados, o que pode aumentar sua exposição aos ativos mais arriscados.
Alguns investidores optam por rebalancear a carteira sempre que algum evento de mercado com forte impacto acontece. É o caso dos momentos de grandes altas ou quedas, como o bull e o bear market. Essa situação acontece a partir de uma crise (inclusive sanitária, como a pandemia da COVID-19), como uma recessão global.
Apesar de não existir uma fórmula específica, você pode saber quando fazer o rebalanceamento de carteira. Basta observar as suas características e seguir algumas orientações:
Para fazer o rebalanceamento da carteira de investimentos, siga este passo a passo:
Analise o seu portfólio e veja a proporção das classes de ativos. Em seguida, compare com a sua estratégia. Sempre que houver discrepância, compre e venda ativos, conforme a necessidade.
Antes de fazer os movimentos de negociação, compare a realidade com a alocação desejada. Verifique os ajustes necessários e analise relatórios de especialistas de mercado e índices que auxiliem nas tomadas de decisão.
Nesse processo, você precisará determinar os ativos que precisam ser vendidos considerando justamente a diferença entre a alocação atual e a almejada. Via de regra, você terá que vender os ativos quando essa classe tiver um peso superior ao alvo. Da mesma forma, terá que vender os títulos com peso mais baixo do que a referência.
Faça as compras e vendas necessárias, sempre se desfazendo dos ativos sobrevalorizados e adquirindo os desvalorizados.
Toda vez que você fizer alguma movimentação na carteira, terá que arcar com certos custos (como corretagem) e impostos. Faça os cálculos necessários e planeje todos os movimentos para garantir o melhor resultado.
Uma das regras do mercado financeiro é diversificar a carteira de investimentos. O rebalanceamento também tem esse pilar. Para ajudar nesse propósito, existe o Índice Nomad de Diversificação Internacional (INDI).
Seja na renda fixa, seja na renda variável, a diversificação global é fundamental para manter o bom potencial de rentabilidade da carteira. Aliada ao rebalanceamento, a diversificação contribui para a disciplina do investidor na construção de seu patrimônio no longo prazo.
Pensando nisso, a Nomad criou o INDI, para otimizar a alocação internacional da carteira. Para isso, utiliza investimentos que representam mercados do mundo todo e estima o percentual de alocação que estima o percentual de alocação que busca equilibrar risco e retorno em uma carteira arrojada.
Na prática, o INDI indica o quanto você deve diversificar internacionalmente sua carteira — ou seja, quanto mais alto for o seu resultado, mais forte é essa sugestão. Ainda que não seja uma recomendação de investimento, é uma referência que pode auxiliar em suas análises.
Isso permite que você tome decisões de rebalanceamento de carteira mais informadas, com foco nos seus objetivos de longo prazo.
Então, o que acha de entender mais como a Nomad pode te ajudar? Conheça o INDI e saiba como o índice de diversificação pode apoiar na diversificação e rentabilidade da sua carteira de investimentos.
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