por
Time Nomad
9 min.
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Publicado em
31/10/2024
Quando você alcança certo nível de educação financeira, começa a pensar em aumentar a rentabilidade dos seus investimentos, especialmente se tem um horizonte de longo prazo.
Nesse momento, surge a renda variável, classe de investimentos que abrange ativos com alto potencial de ganhos, mas voláteis - ou seja, com possibilidade de perdas.
Isso não significa que você precisa se assustar. Na verdade, é necessário considerar vários fatores para tomar a decisão certa. Inclusive, porque os ativos financeiros da renda variável são bastante diversificados.
Por isso, é fundamental entender mais sobre eles para escolher os mais adequados ao seu perfil de investidor.
Neste artigo, vamos desmistificar a renda variável e te guiar pelas principais características e estratégias para investir com confiança.
A renda variável é uma classe de ativos com rentabilidade imprevisível. Portanto, há alta volatilidade, o que significa que os preços mudam com frequência e intensidade elevadas. O potencial de ganhos é maior do que o da renda fixa, mas a chance de perdas também é mais elevada.
A remuneração dos investimentos depende de uma série de fatores. Por exemplo, as condições atuais do mercado e do emissor dos papéis, além da oferta e da demanda.
Como consequência, os investimentos dessa classe são mais arriscados. Por isso, existem algumas recomendações antes de começar a investir na renda variável. Entre elas estão as seguintes:
Existem diferentes exemplos de ativos na renda variável. O mais conhecido são as ações de empresas. Esses títulos representam uma parte do controle da companhia que os emitiu. Assim, o investidor se torna sócio e pode obter rentabilidade por meio do pagamento de proventos ou da valorização dos papéis.
No entanto, existem outros exemplos, como ETFs, FIIs, commodities e criptomoedas. Todos eles se caracterizam por apresentarem alta volatilidade, assim como risco e potencial de rentabilidade elevados.
Existem diferentes tipos de renda variável disponíveis no mercado. Veja quais são os investimentos mais comuns.
As ações são os ativos de renda variável mais tradicionais e representam uma parte do capital de uma empresa. Os ganhos para o investidores vêm de duas formas:
A negociação dos papéis pode ser feita em curtíssimo prazo (day trade), curto prazo (swing trade) ou longo prazo. Nas operações de poucas horas, dias ou semanas, você precisa ter uma atenção maior à volatilidade.
Se o foco for o longo prazo, você foca no crescimento da companhia e na distribuição de dividendos, que podem se tornar uma renda passiva, ou seja, fluxo financeiro sem a necessidade de trabalho ativo.
São fundos de investimentos voltados para papéis do mercado imobiliário. Essa classe de ativos reúne um grande número de investidores e eles adquirem cotas. O capital é gerenciado por um gestor, que toma as decisões de alocação.
Os FIIs podem ser classificados em:
Uma vantagem dos fundos de investimentos imobiliários é que eles distribuem dividendos. Muitas vezes, são mensais.
No mercado americano, existem os REITs, que funcionam de maneira semelhante aos FIIs brasileiros, aplicando em ativos imobiliários e distribuindo os aluguéis em dólares.
Os Exchange Traded Funds (ETFs) são fundos listados, que muitas vezes buscam replicar um índice de mercado. Os índices mais comuns no Brasil são o Ibovespa e o IBrX. No exterior, o Dow Jones, Nasdaq e o S&P 500.
As cotas de ETFs são negociadas no pregão da bolsa de valores. Devido à sua característica de investir em diferentes papéis, a vantagem é a diversificação. Além disso, as taxas de administração tendem a ser mais baixas do que outros tipos de fundos.
Os contratos de opções são acordos que garantem o direito de comprar ou vender um ativo em uma data e um preço predeterminados. Por isso, é uma alternativa indicada para quem já tem mais experiência e conhecimento.
Muitos investidores usam as opções como hedge, ou seja, proteção do capital. No entanto, também é possível fazer a arbitragem e ganhar com a alta e a queda dos preços ao longo do tempo, inclusive de forma alavancada.
Vale a pena destacar que as operações de arbitragem representam a compra e a venda de um ativo em mercados diferentes. O propósito é ter um lucro rápido a partir da mudança dos preços.
Nesse caso, o investimento é direcionado para diferentes moedas, o que permite diversificar a carteira e proteger o patrimônio. No entanto, existem várias formas de investir em câmbio.
Uma delas é optar pelos fundos cambiais. Eles têm 80% ou mais do seu patrimônio alocado em ativos vinculados a moedas estrangeiras.
Outra opção são os contratos ou minicontratos futuros de uma moeda. Eles são negociados na bolsa de valores e são acordos de compra ou venda de uma moeda em uma data futura por preço predeterminado.
Uma maneira ainda mais eficiente de aproveitar o potencial do câmbio é investindo em ativos denominados em dólares. Com a Nomad, você tem acesso ao mercado americano de renda fixa e variável, possibilitando esse efeito para o seu portfólio.
São contratos de compra ou venda de ativos também por um preço fechado em data futura. Podem estar relacionados a commodities (café, milho, boi gordo, soja etc.) e a indicadores, como S&P 500 e Ibovespa.
Essa é uma alternativa bastante utilizada para quem deseja saber como investir em commodities, inclusive. Isso porque os contratos são padronizados para que todos os investidores negociem nas mesmas condições.
Apesar disso, existem ajustes diários. Ou seja, é feita a apuração de lucros e prejuízos por posição comprada ou vendida. Assim, quem adquiriu um contrato e teve perdas precisa fazer um depósito para compensar. O contrário também é válido.
É um produto financeiro que pode investir em diferentes ativos da renda variável. Além dos ETFs e dos FIIs, outro tipo de fundo de investimento bastante comum é o de ações. Ele é caracterizado por ter dois terços ou mais do patrimônio aplicados nos títulos emitidos por empresas ou outros ativos relacionados ao setor. Por exemplo:
Ainda existem os fundos multimercado, cujo capital é investido em diferentes tipos de ativos, inclusive da renda variável. Nesse caso, a estratégia precisa ser verificada para atender ao seu perfil de investidor, mas ela pode ser bastante sofisticada.
Leia também: BDR paga dividendos? Descubra como calcular
As moedas virtuais são uma categoria nova de ativos financeiros, mas a negociação é feita por meio de corretoras especializadas. Isso porque as criptomoedas não são regulamentadas pelo Banco Central.
Ainda assim, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permite a aplicação indireta dos fundos via cotas de outros fundos ou de derivativos no exterior. A única exigência para esse último caso é que haja regulamentação no país escolhido.
O melhor tipo de renda variável é aquele que se ajusta ao seu perfil de investidor. Por isso, é necessário conhecer esse fator e os riscos implicados nessa classe de investimentos.
Quanto ao perfil de investidor, existem 3 principais categorias. Elas são:
De modo geral, a renda variável é mais indicada para quem tem perfil arrojado. No entanto, um investidor conservador ou moderado também pode contar com investimentos dessa classe, desde que adote a estratégia e a proporção certa.
A principal vantagem de investir na renda variável está relacionada ao potencial de rentabilidade. A chance de um retorno maior do que o da renda fixa existe e precisa ser considerada. Isso acontece quando o mercado é favorável.
Ainda há a diversificação. Dentro dessa categoria de investimentos, existe uma grande variedade de ativos, como vimos no post. Portanto, você pode escolher vários produtos e segmentos que ajudam a construir uma carteira equilibrada.
Por exemplo, você pode ter ações de uma empresa que apresenta um risco mais alto, porque o potencial de crescimento também é. No entanto, há companhias em setores mais previsíveis, como consumo não-discricionário e utilidades públicas, ou com balanços sólidos e pouca imprevisibilidade. Muitas delas oferecem pagamentos recorrentes de dividendos..
A desvantagem da renda variável é o risco elevado. Isso acontece devido à volatilidade. Por esse motivo, é necessário saber lidar com a instabilidade do mercado. Dessa forma, é fundamental ter disciplina e tranquilidade para evitar tomar decisões equivocadas.
Além disso, é recomendado efetivar um bom gerenciamento de riscos. Ele muda conforme o seu perfil de investidor. No entanto, a ideia é ter uma estratégia bem montada para evitar as ameaças desnecessárias.
Com todas essas informações, você sabe o que é renda variável e como investir nessa modalidade. Ainda há mais a conhecer. Afinal, esse é um mercado amplo e cheio de detalhes. No entanto, esse é um bom começo para pensar em aplicar seu dinheiro.
Além disso, esses conhecimentos permitem entender a renda variável em mercados estrangeiros. Essa é uma boa ideia para começar a investir no exterior e ganhar em uma moeda mais forte, como o dólar ou o euro.
Além de entender a renda variável local, explorar mercados internacionais pode ser uma excelente estratégia para diversificar e potencializar seus ganhos. Investir em ativos dolarizados oferece vantagens adicionais:
Entre as formas de investir nesse mercado estão:
Assim como qualquer investimento em renda variável, investir em dólares envolve riscos. É crucial entender sobre o mercado e a moeda.
Se quiser saber mais, acesse nosso guia completo sobre o assunto.
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