Onde Investir em 2026

Nos últimos 12 meses, a volatilidade, os desafios geopolíticos e as incertezas tornaram o ambiente de investimentos mais complexo. Os acontecimentos reforçam a necessidade de se preparar para o ano de 2026. Neste material, debatemos uma série de oportunidades e riscos aos investimentos globais.

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Danilo Igliori

Paula Zogbi

Nickolas Lobo

Bruno Shahini

Luca Girardi

60 min.

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Publicado em

3/12/2025

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Nos últimos 12 meses, a volatilidade, os desafios geopolíticos e as incertezas tornaram o ambiente de investimentos mais complexo. Os acontecimentos reforçam a necessidade de se preparar para o ano de 2026. Neste material, debatemos uma série de oportunidades e riscos aos investimentos globais.

Cenário Macro: Embora tarifas e questões fiscais reacendam temores de estagflação, os dados indicam moderação na atividade, com o Fed reduzindo juros gradualmente. O alto endividamento público e o risco de correção nas techs de IA exigem atenção, mas a solidez dos lucros corporativos diferencia o cenário atual da bolha "pontocom". Prevalece um otimismo cauteloso, onde a estratégia ideal é tolerar uma deterioração macroeconômica leve sem ceder ao pânico, focando n a resiliência de longo prazo.

Renda fixa: Em2025, a curva de juros dos EUA divergiu: taxas curtas cederam com a flexibilização monetária, enquanto as longas subiram devido a incertezas fiscais e maior prêmio de risco, favorecendo alocações intermediárias e o crédito de maior qualidade. A queda na volatilidade impulsionou a busca por rendimento no segmento de maior risco de crédito e comprimiu os prêmios de risco soberano na América Latina, beneficiando a região via fluxo global. O cenário exige cautela na seleção de ativos, priorizando o carrego e a qualidade diante da assimetria de riscos e da incerteza fiscal americana.

Bolsa americana: Com nove trimestres consecutivos de ganhos e dividendos em alta, a discussão de bolha se choca com uma valorização que reflete boa saúde financeira das companhias. Esse cenário de qualidade corporativa valida a resiliência das empresas americanas, servindo de base para revisitar e atualizar nossas teses de investimento para o futuro, sem negligenciar proteção.


Bolsa global: O desempenho superior da bolsa americana na última década foi impulsionado pela concentração em ações de tecnologia, favorecidas pelos juros baixos, o que resultou em valuations elevados e um baixo prêmio der isco (ERP). Atualmente, esses mercados internacionais oferecem prêmios de risco mais atrativos, indicando que podem estar relativamente mais baratos. Dessa forma, a alocação fora dos EUA é uma importante diversificação e uma aposta em uma potencial continuidade do ciclo de enfraquecimento do dólar, que pode impulsionar os retornos de ativos estrangeiros.

Neste conteúdo, traçamos uma perspectiva para o ambiente de investimentos em 2026, destacando as oportunidades e riscos no caminho.

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Danilo Igliori

Economista-chefe da Nomad. Professor do Departamento de Economia da FEA-USP, PhD pela Universidade de Cambridge. Foi um dos fundadores da DataZAP, no Brasil já atuou em empresas como BTG Pactual, Unibanco, Vale, Grupo Zap e OLX, e atuou como consultor em agências internacionais (Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Paula Zogbi

Estrategista-chefe da Nomad, tem mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, foi head de conteúdo na XP, analista na Rico e jornalista na InfoMoney e EXAME. É graduada em jornalismo pela USP e tem certificação CNPI pela Apimec.

Nickolas Lobo

Analista de Research da Nomad, com 5 anos de experiência no mercado financeiro, com passagem pela Spectra, Banco Modal e mais de 3 anos trabalhando em equities globais, principalmente no mercado americano, na RXZ Investimentos. É graduado em Economia pelo Insper

Bruno Shahini

Com 9 anos de experiência no mercado financeiro, atuou na Votorantim Asset e no Banco Daycoval, é economista formado no Insper e possui as certificações CFP® (Certified Financial Planner) e CGA (Gestão de Gestores ANBIMA)

Luca Girardi

Cursa Economia no Ibmec-SP, com passagens de estágio em análise macroeconômica na Wagner Investimentos e em planejamento financeiro na Sugoi. Possui a certificação CGA (Certificação de Gestores ANBIMA)

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