A possibilidade de trabalhar em qualquer parte do mundo é a realidade de profissionais de diversas áreas. Inclusive, já existem países com visto de nômade digital, ou seja, específico para essa modalidade de trabalho. No entanto, é fundamental entender como o processo do visto funciona para aplicar de forma correta.
Ficou interessado em saber mais sobre o visto de nômade digital? Então continue neste conteúdo para saber como funciona e quais são os custos, além dos 10 países que disponibilizam essa modalidade de visto!
Como o visto de nômade digital funciona?
Para começar é interessante saber o que o visto de nômade digital é o documento emitido para profissionais estrangeiros que exerçam suas atividades de trabalho remoto no exterior.
Com ele, os viajantes podem residir de forma legal e trabalhar remotamente no país escolhido por um período determinado de tempo que pode chegar a até 2 anos.
De modo geral, os requisitos para quem deseja um visto de nômade digital são apresentar um passaporte válido, comprovante de trabalho remoto, declaração de rendimentos e seguro viagem (altamente recomendável, mesmo que não seja exigido).
No entanto, as regras e exigências são particulares de cada país, sobretudo, no que diz respeito à permanência. A aprovação do visto pode levar de 2 a 3 semanas, contados a partir da solicitação formal.
Leitura recomendada: Conheça 10 países que levam brasileiros para trabalhar no exterior.
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Como solicitar o visto de nômade digital?
No passo a passo para solicitar o visto dessa modalidade, os documentos exigidos por cada país são enviados para análise. O processo será avaliado de acordo com os requisitos para concessão desse tipo de visto.
Os principais documentos são:
- formulário de visto – preenchido e assinado;
- fotos 3 x 4 recentes;
- passaporte válido;
- seguro-viagem (com vigência durante a estadia);
- carta de intenção justificando o motivo da viagem;
- comprovante de voo de ida e volta;
- comprovante de rendimentos;
- comprovante de atividade profissional – contrato de prestação de serviços, contrato.
Quanto custa o visto de nômade digital?
Os custos de solicitação e emissão do visto de nômade digital variam de acordo com o país de destino e com a moeda correspondente. Pode ser que existam taxas governamentais e possíveis honorários de advogado.
Por isso é importante checar as informações e os detalhes da aplicação antes de enviar a solicitação. Normalmente os custos são gerados a partir de moedas como o Dólar e o Euro, na cotação do momento, o que varia conforme o câmbio.
10 países que oferecem visto para nômade digital
O visto de nômade digital passou a fazer parte das opções de modalidade em mais de 30 países. Fizemos uma lista com visão geral dos 10 principais países onde o nomadismo digital é praticado por profissionais do mundo inteiro.
Veja as características e os aspectos de cada país para se tornar nômade digital nesses lugares, antes de escolher o seu próximo destino e ir trabalhar no exterior!
1. Portugal
Seja pela conexão histórica, belas países ou proximidade da língua, Portugal se tornou um dos destinos preferidos dos brasileiros que atuam como nômades digitais. Por lá, o documento tem um nome oficial que é o visto para o exercício de atividade profissional prestada de forma remota para fora do território nacional.
Os estrangeiros de qualquer nacionalidade podem solicitar esse tipo de visto, desde que prestem serviços como autônomos ou sejam contratados por empresas de outros países — Portugal tem sido considerado um dos melhores países para nômades digitais.
Para isso é preciso comprovar uma renda quatro vezes maior do que o salário-mínimo de Portugal, cotado em 2023 em €760 (cerca de R$ 16 mil). Com validade de permanência de um ano e possibilidade de renovação por até 5 anos.
O custo de aplicação vigente em 2023 é de R$ 564,90 visto temporário (estadias curtas) e R$ 649,64 visto de residência (estadias longas). Lembrando que o cálculo é feito com base no Euro e que é importante atentar para a cotação.
Leitura recomendada: Como tirar visto para Portugal
2. Bahamas
Um dos lugares mais incríveis do Caribe, com uma cultura que mescla origens africanas, europeias e indígenas, Bahamas é mais um país com visto de nômade digital que permite estadia por um ano.
Depois disso é possível ainda renovar por até duas vezes, totalizando uma permanência de até três anos. A boa notícia é que o interessado não precisa comprovar um valor mínimo de rendimentos e sim uma carta do empregador afirmando que o aplicante tem recursos para se manter durante o período.
Os custos de solicitação do visto envolvem as taxas de residência no valor de US$ 1 mil para cada aplicante. Para dependentes, o valor é o mesmo caso seja também um nômade digital ou US$ 500 se o solicitante estudar remotamente.
3. Indonésia
Quem chega, sobretudo, na Ilha de Bali corre o risco de se deparar com algumas comunidades de nômades digitais, característica que se tornou referência do lugar. O visto de nômade digital é válido por até 5 anos, o que depende do tipo de trabalho e dos regulamentos do país.
Ser elegível exige do aplicante um contrato de trabalho com uma empresa no exterior ou comprovação de trabalho freelancer. Até aí, tudo bem, no entanto, o país exige uma das mais elevadas comprovações de renda – US$ 142,3 mil por pessoa – em critério estabelecido em 2022.
4. Dubai
Um dos sete Emirados Árabes, Dubai é um destino que atrai turistas do mundo inteiro e agora abre a oportunidade para quem deseja trabalhar remotamente no país. O programa é específico, tendo entre as exigências a comprovação de trabalho remoto e renda mínima de US$ 5 mil mensais.
A permissão de permanência é válida por um ano, sendo possível renovar por meio de uma nova aplicação. O custo por solicitação é desmembrado em taxas cobradas em AED (Dirham dos Emirados Árabes):
- 100 AED – Solicitação do visto
- 100 AED – emissão do visto
- 28 AED – E-serviços
- 22 AED – ICP
- 100 AED – Serviços inteligentes
5. Costa Rica
Com duração de 12 meses e possibilidade de prorrogar por mais 12 meses, o nomadismo digital na Costa Rica exige do profissional interessado uma renda mínima de US$ 3 mil por mês ou um depósito de US$ 60 mil em um banco costa-riquenho.
Após a aplicação, as autoridades responsáveis pela análise têm até 15 dias para acatar ou rejeitar o pedido. A taxa de inscrição é de US$ 250 e o pagamento em real depende da cotação no dia.
6. México
O visto mexicano de Residente Temporário que se aplica ao nômade digital exige do interessado a comprovação de renda de no mínimo US$ 2,6 mil por mês. Com ele é possível uma permanência que vai desde 180 dias a até 4 anos.
A taxa de aplicação é de US$ 254 e o aplicante precisa ainda apresentar provas de que trabalha remotamente ou possui uma empresa remota, fora do México.
7. Espanha
A Espanha é mais um destino onde os brasileiros têm passado uma temporada como nômades digitais. O período de estadia é de seis meses a um ano, o que pode ser renovado para até cinco anos.
Entre os requisitos estão a comprovação de renda mínima no valor de € 1.050, ter uma graduação e experiência profissional mínima de três anos, além de garantia de trabalho por pelo menos um ano.
O custo de solicitação do visto de nômade digital na Espanha em 2023 é de € 89,96 para a primeira aplicação é de € 95,27 no caso do pedido de renovação.
8. Alemanha
O profissional nômade digital não precisa comprovar renda mínima para solicitar o visto de residência nessa modalidade. No entanto, é preciso apresentar um plano de freelancer e recursos suficientes para se manter durante a estadia.
A permanência no país alemão como nômade é permitida por até três anos, desde que se comprove a condição de arcar com as próprias despesas. Se por um lado há facilidades em relação à renda, uma característica do visto alemão é que o nômade precisa ter vínculo com clientes estabelecidos na Alemanha, o que pode dificultar o processo.
O visto alemão para freelancers é chamado de Freiberufler e possui uma taxa de serviço no valor de € 75, cobrados de acordo com a cotação do Euro na data da solicitação.
9. Tailândia
A Tailândia incluiu o visto de nômade digital no Thailand Long-Term Residency Visa, permitindo que o aplicante permaneça no país por 10 anos. Para isso, é necessário comprovar uma renda de US$ 80 mil nos dois anos anteriores.
Caso a comprovação de renda oscile entre US$ 40 mil e US$ 80 mil e o solicitante tiver um diploma de mestrado ou investimentos, pode ser aprovado. O custo de emissão do visto de entradas múltiplas de 10 anos é de 50.000 BAHT (US$ 1.318) — chegando no país é preciso pagar uma taxa no valor de US$ 79 por ano, de solicitação da Permissão de Trabalho Digital.
10. Grécia
A Grécia, por si só, é um país de muitos atrativos, desde as famosas ilhas gregas até a diversificada culinária. Muitos brasileiros têm escolhido o país para trabalhar como nômades digitais e aproveitar a estadia para conferir suas belezas e cultura.
O visto de nômade digital tem validade de até um ano e o candidato deve apresentar uma renda mensal de € 3.500. Provas de contrato de trabalho, cartão do empregador afirmando o trabalho remoto, extratos bancários ou comprovante de prestação de serviços, são aceitos como documentos.
O custo de solicitação engloba a taxa de inscrição no valor de €75, mais a taxa de administração no valor de €150. Esse tipo de visto poderá ser renovado a cada dois anos e o aplicante, quando aprovado, pode ainda levar cônjuge, filhos menores de 18 anos ou maiores, quando ainda dependentes financeiramente.
Quem atua remotamente em áreas como marketing digital e tecnologia da informação, por exemplo, pode realizar o sonho de trabalhar em outro país, por meio do visto de nômade digital, por isso, é tão importante se familiarizar com o processo para só então escolher o destino e planejar a mudança.
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