Dizem que todas as estradas levam a Roma. E, se você ama viajar, cedo ou tarde a sua estrada também cruzará com a capital italiana. Roma não é apenas uma cidade; é um museu a céu aberto onde milênios de história convivem — nem sempre pacificamente — com o caos da vida moderna.
Fazer uma viagem para Roma é caminhar sobre os mesmos paralelepípedos que imperadores, gladiadores e papas pisaram. É virar uma esquina e dar de cara com o Panteão, perfeitamente preservado, enquanto o cheiro de café expresso e pizza recém-saída do forno invade o ar. É uma cidade intensa, barulhenta, monumental e absolutamente apaixonante.
Mas Roma não foi construída em um dia e certamente não se conhece em um só dia. Para aproveitar a Cidade Eterna sem cair em pegadinhas de turista, é preciso planejamento.
Preparamos este guia extenso e completo para ajudar você a desbravar a capital da Itália. Da chegada ao aeroporto até a escolha do melhor prato de massa, aqui está tudo o que você precisa saber para viver a dolce vita.
Quando ir e quantos dias: A primavera ou o caos de agosto?
Antes de comprar a passagem para Roma, é fundamental entender o calendário local. A experiência de visitar o Coliseu sob o sol escaldante de agosto é muito diferente de visitá-lo na brisa suave de outubro.
Qual a melhor época?
- Primavera (abril a junho) e Outono (setembro a outubro): São, sem dúvida, os melhores meses. O clima é agradável (dias ensolarados, mas frescos) e a luz da cidade fica dourada.
- Verão (julho e agosto): Se puder, evite. O calor é sufocante, a cidade fica lotada de turistas e muitos romanos saem de férias, fechando alguns estabelecimentos locais. Veja nossas dicas sobre o verão na Itália.
- Inverno (novembro a março): É a época mais barata e vazia. Pode chover, mas o frio não é extremo como no norte da Europa. Ver Roma iluminada para o Natal é mágico.
Vale a pena viajar para Roma por poucos dias?
Muitos viajantes perguntam quantos dias ficar em Roma. A resposta honesta: fique o máximo que puder.
- O Básico (3 a 4 dias): Dá para ver os principais monumentos (Coliseu, Vaticano, Fontana di Trevi) correndo um pouco.
- O Ideal (5 a 7 dias): Permite explorar bairros charmosos como Trastevere sem pressa, entrar em museus menores e até fazer um bate e volta de Roma.
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Como chegar em Roma: voos e trens
Roma está no centro da bota italiana e é um dos maiores hubs de transporte da Europa.
Do Brasil (Avião)
A principal porta de entrada é o Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci (Fiumicino - FCO).
- Voos Diretos: A ITA Airways (antiga Alitalia) e a Latam operam voos diretos saindo de São Paulo (GRU).
- Com Conexão: Tap (via Lisboa), Air France (via Paris), KLM (via Amsterdã) e Ibéria (via Madri) são opções comuns e, muitas vezes, mais baratas.
Da Europa (Avião e Trem)
Se você já está no continente, pode chegar por voos low cost (como Ryanair), que geralmente pousam no aeroporto secundário, Ciampino (CIA). Se vier de outras cidades italianas, como Florença, Veneza ou Milão, a melhor opção é o trem de alta velocidade (Frecciarossa ou Italo), que deixa você direto na estação Termini, no coração da cidade. Confira mais sobre viagem para a Itália.
Chegando na Cidade Eterna: Como ir de Fiumicino (ou Ciampino) ao centro
Entender o traslado do aeroporto de Roma para o seu hotel evita o primeiro estresse da viagem (e golpes de taxistas não oficiais).
De Fiumicino (FCO) ao Centro
Fica a cerca de 30 km do centro.
- Leonardo Express: É a opção mais rápida e confiável. Um trem direto que sai de dentro do aeroporto e chega na estação Termini em 32 minutos. Custa cerca de €14.
- Ônibus: Empresas como Terravision e Sit Bus Shuttle fazem o trajeto até Termini por cerca de €6 a €8. Demora mais (50 min a 1h), mas é econômico.
- Táxi: Existe uma tarifa fixa (tabelada pela prefeitura) do aeroporto para qualquer lugar dentro das Muralhas Aurelianas (o centro turístico). O valor gira em torno de €50 a €55 (confirme o valor atualizado na placa do ponto de táxi). Atenção: Pegue apenas táxis brancos oficiais na fila.
De Ciampino (CIA) ao Centro
Fica mais perto, a cerca de 15 km.
- Ônibus: A opção mais comum é o ônibus (Terravision ou Sit Bus) até a estação Termini (€6).
- Táxi: A tarifa fixa para o centro gira em torno de €31 a €35.
Quanto custa uma viagem para Roma?
Saber quanto custa uma viagem para Roma depende muito do seu estilo, mas preparamos uma estimativa média para ajudar no planejamento (valores aproximados):
- Hospedagem:
- Hostel/Econômico: €40 - €80 por dia.
- Conforto (3-4 estrelas): €120 - €250 por dia.
- Luxo: Acima de €400.
- Alimentação:
- Econômica (Pizza al taglio/Panini): €5 - €10.
- Almoço/Jantar em Trattoria (com vinho): €25 - €45 por pessoa.
- Atrações:
- Coliseu + Fórum: €18 (mais taxas de reserva online).
- Museus do Vaticano: €20 (mais taxas).
- Panteão: Agora cobra entrada (cerca de €5).
- Igrejas: A maioria é gratuita.
Muitas agências vendem pacote de viagem para Roma, mas planejar por conta própria costuma sair mais barato e dar mais liberdade.
Para garantir tudo para a sua viagem em um só lugar, conte com o Nomad Trips. Direto no app da Nomad ou no site você encontra as melhores opções de hospedagem, passagens aéreas com condições incríveis e ingressos para os passeios mais incríveis de Roma.
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Onde ficar: Do charme de Trastevere à praticidade de Termini
A localização da sua hospedagem define a qualidade da sua experiência. Roma é grande, e o transporte público nem sempre é pontual. Ficar bem localizado economiza tempo e sola de sapato.
Aqui estão as melhores regiões e sugestões de onde se hospedar em Roma:
1. Centro Histórico (Panteão, Navona e Campo de’ Fiori)
É a área mais nobre e charmosa. Você faz tudo a pé, cercado de beleza barroca. Porém, é a região mais cara e não tem metrô na porta.
- Luxo: The Pantheon Iconic Rome Hotel – Vista incrível e sofisticação.
- Conforto: Hotel Abruzzi – Fica literalmente na frente do Panteão (localização imbatível).
- Custo-benefício: Hotel Navona – A poucos minutos dos principais pontos turísticos.
2. Monti (Arredores do Coliseu)
O bairro "hipster" de Roma. Cheio de galerias de arte, brechós e bares de vinho. Fica a uma curta caminhada do Coliseu e tem metrô (Linha B - Cavour).
- Boutique: The Fifteen Keys Hotel – Estiloso e intimista.
- Conforto: Hotel Lancelot – Clássico e muito elogiado pelo atendimento.
- Custo-benefício: My Monti Place – Simples, limpo e bem localizado.
3. Trastevere
O bairro boêmio do outro lado do rio Tibre. Ruas estreitas, hera nas fachadas e a melhor vida noturna e gastronômica. Ótimo para jovens e casais, mas exige pegar bonde ou ônibus para ir aos museus.
- Luxo: Donna Camilla Savelli – Um antigo convento transformado em hotel de luxo.
- Conforto: Hotel Santa Maria – Construído em um claustro do século 16.
- Econômico: Trastevere’s Friends – Estilo Bed & Breakfast, simples e funcional.
4. Termini (Estação Central)
É a região mais prática (hub de trens, ônibus e as duas linhas de metrô) e mais barata. Não é a área mais bonita e exige atenção à noite, mas tem ótimos hotéis novos.
- Conforto: NH Collection Roma Palazzo Cinquecento – Luxo prático ao lado da estação.
- Médio: The Hive Hotel – Moderno e muito popular entre brasileiros.
- Econômico: Augusta Lucilla Palace – Bom preço e reformado.
O império, a fé e o barroco: O que fazer em Roma
Roma tem camadas de história. Para organizar o roteiro, divida seus dias por áreas ou eras históricas. Veja os destaques dos pontos turísticos de Roma:
Roma Antiga: O Império
- Coliseu: O maior anfiteatro do mundo. Compre ingresso antecipado (com semanas de antecedência) para evitar filas de horas.
- Fórum Romano e Palatino: Ficam ao lado do Coliseu (o ingresso costuma ser conjugado). Era o centro político e social da Roma Antiga.
- Panteão: O templo de todos os deuses, com sua cúpula de concreto não armado que desafia a engenharia até hoje.
O Vaticano: A Fé e a Arte

Reserve um dia inteiro para atravessar o rio e visitar o menor país do mundo.
- Basílica de São Pedro: A maior igreja do cristianismo. A entrada é grátis, mas a subida à Cúpula é paga (e vale a vista).
- Museus do Vaticano e Capela Sistina: Onde estão obras-primas de valor incalculável e o famoso teto pintado por Michelangelo. Ingresso antecipado é obrigatório.
- Saiba mais no nosso post exclusivo sobre o Vaticano.
O Barroco: Praças e Fontes

O charme de Roma está em caminhar sem rumo e encontrar praças monumentais.
- Fontana di Trevi: A fonte mais famosa do mundo. Dica de ouro: vá antes das 8h da manhã para conseguir uma foto sem multidão.
- Piazza Navona: Com suas três fontes e formato oval (era um estádio antigo).
- Piazza di Spagna: A famosa escadaria onde todos param para descansar.
Confira mais detalhes em o que fazer em Roma e o que fazer na Itália.
As 4 maravilhas romanas: Onde comer (carbonara e cacio e pepe)
A gastronomia romana é simples, rústica e deliciosa. Esqueça a dieta. Os 4 pratos de massa clássicos ("As 4 Maravilhas Romanas") são obrigatórios: Cacio e Pepe (queijo pecorino e pimenta), Carbonara (ovo, pecorino e guanciale - sem creme de leite!), Amatriciana (molho de tomate e guanciale) e Gricia.
Onde comer em Roma:

- Para jantar, o bairro de Trastevere é imbatível. Procure trattorias clássicas como Da Enzo al 29 (chegue cedo, a fila é grande) ou Tonnarello.
- Para algo mais local, vá ao bairro de Testaccio, onde fica o mercado gastronômico e restaurantes tradicionais como Felice a Testaccio.
- Não esqueça do Gelato: fuja das montanhas coloridas e procure gelaterias artesanais ("artigianale").
O que fazer em Roma à noite
Além de jantar, caminhar pela cidade iluminada é um programa seguro e lindo. O Coliseu e o Fórum ficam acesos, assim como a Fontana di Trevi. Bairros como Monti e Trastevere têm bares animados para tomar um vinho ou um Spritz na calçada.
Bate e volta de Roma: o que vale fazer em 1 dia

Se você tem dias sobrando, aproveite para explorar os arredores:
- Tivoli: Para visitar a Villa d'Este e seus jardins renascentistas espetaculares.
- Ostia Antica: As ruínas de uma antiga cidade portuária romana, uma espécie de "Pompeia" muito mais perto de Roma (acessível de trem urbano).
- Castelli Romani: Uma região de lagos vulcânicos e cidades medievais (como Castel Gandolfo, onde fica a residência de verão do Papa), famosa pelo vinho branco e pela porchetta.
Como se locomover em Roma com inteligência
- A pé: No centro histórico (onde os ônibus grandes não passam e não tem metrô), suas pernas são o melhor transporte. Leve tênis muito confortáveis.
- Metrô: São apenas 3 linhas (A, B e C). Útil para ir da Estação Termini até o Vaticano (Linha A - Ottaviano) ou Coliseu (Linha B - Colosseo).
- Ônibus: A rede é extensa, mas os horários são imprevisíveis.
- Táxi/Uber: Uber em Roma geralmente só oferece a categoria "Black" (luxo), sendo bem mais caro. Táxis oficiais são mais acessíveis e podem ser chamados por aplicativos locais como FreeNow.
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