IOF em empréstimos: saiba como funciona e como calcular

Por:
Nomad
Atualizado em
27/5/2025
15 min de leitura

Se você está pensando em realizar um empréstimo ou já fez algum, com certeza se deparou com a taxa do IOF, um imposto muito comum em nossa rotina, mas que poucas pessoas entendem o que é e para o que serve.

O IOF, sigla para Imposto sobre Operações Financeiras, está presente em diversas transações do nosso dia a dia, como investimentos, pagamento da fatura de cartão de crédito, câmbio de moedas e muito mais.

A alíquota é paga tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, cuja a taxa é diferente para cada operação. Continue lendo para entender todo o funcionamento do imposto e como ele impacta o Custo Efetivo Total (CET) de empréstimos.

O que é e como funciona o IOF em empréstimos?

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal cobrado em operações de crédito e seguro, realizadas por instituições financeiras e seguradoras.

Compreender o IOF e o seu propósito é fundamental para quem deseja realizar um empréstimo. Esse imposto foi instituído com o objetivo de regular a economia, de acordo com a Constituição Federal de 1988, artigo 153.

Isso significa que, através do IOF, o governo tem a capacidade de avaliar a oferta e a demanda de crédito no país, e, com base nessa avaliação, pode ajustar as taxas para manter a economia sob controle, se necessário.

Por exemplo, no início da pandemia da Covid-19, o governo federal decidiu zerar a cobrança de IOF de empréstimos, com o objetivo de facilitar o acesso ao crédito durante este período. Porém, o imposto foi restabelecido no final de 2020 e, em maio de 2025, passou por alterações significativas, mas sem mudanças na alíquota que incide sobre empréstimos para Pessoa Física. Saiba mais aqui.

Para cada operação realizada, uma taxa proporcional é cobrada. Esta porcentagem pode ser alterada a qualquer momento, sem a necessidade de aprovação pelo Congresso Nacional, o que facilita o gerenciamento das transações pelo governo.

Além de empréstimos, o IOF é cobrado em transações de compra e venda de moeda estrangeira, financiamento, cheque especial, crédito rotativo, compras com cartão de crédito fora do Brasil, resgate de investimentos e seguro.

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Quem paga o IOF no empréstimo?

O IOF é pago por qualquer pessoa física ou jurídica que realiza transações financeiras num período menor que 30 dias. Ou seja, se você estiver procurando um empréstimo, o IOF entra dentro do cálculo do Custo Efetivo Total da operação.

Isso inclui operações relacionadas a crédito, seguro, câmbio, bem como títulos e valores mobiliários. A cobrança desse imposto é compulsória e é realizada pelo governo federal.

Lembrando que, o IOF e juros são taxas completamente diferentes, embora sejam cobradas em conjunto em empréstimos. Porém, enquanto o IOF é cobrado igualmente por todas as instituições, por se tratar de um imposto federal, os juros variam de acordo com cada instituição.

Leitura recomendada: Tabela IOF: descubra como esse imposto afeta o seu dia a dia

Qual é a taxa do IOF em empréstimo?

Atualmente, a porcentagem cobrada de IOF em transações de contratação de empréstimo é de 0,38% sobre o saldo devedor total, que equivale a 0,01118% por dia. Também é cobrado uma porcentagem diária de 0,0082% para empréstimos com prazos maiores que 365 dias.

Mas lembrando que isso pode ser alterado a qualquer momento via decreto presidencial e você deve ficar de olho em qualquer notícia nesse sentido.

O IOF cobrado afeta diretamente o valor final do Custo Efetivo Total do investimento, uma métrica que inclui todas as despesas e custos relacionados a um empréstimo, incluindo taxas de juros, tarifas bancárias, seguros e tributos como o IOF.

Uma taxa mais alta de IOF, portanto, poderia aumentar o CET de um empréstimo.

Como calcular o IOF sobre o empréstimo?

Para realizar o cálculo do IOF e entender qual o custo deste imposto no empréstimo, basta pegar o valor total da operação e multiplicar pelas taxas explicadas acima.

Por exemplo, se você deseja pegar um empréstimo de R$ 10 mil, que será pago no prazo de 1 ano, o custo do IOF seria de:

  • R$ 10 mil x 0,38% = R$ 38

Caso o prazo seja maior que os 365 dias, também é preciso adicionar no cálculo a amortização diária de 0,0082%. Assim, você iria pagar:

  • R$ 10 mil x 365 x  0,0082% = R$ 299,30

Então, em um empréstimo de 10.000 reais, o valor do IOF a ser pago seria de R$ 267,30. E além do IOF, também precisa calcular a taxa de juros, que está na média de 7,63% ao mês, taxa atual que equivale a 141,52% ao ano, de acordo com um levantamento feito pelo Procon-SP.

Além de juros e IOF, o Custo Efetivo Total de um empréstimo engloba despesas, tributos e encargos da operação, que eleva bastante seu custo.

Leia também: Saiba como consultar suas informações financeiras com o Registrato.

IOF em empréstimo consignado: o que você precisa saber

O empréstimo consignado é uma das principais modalidades de crédito do mercado, principalmente pelas taxas bem menores que acompanham sua operação.

E muitas pessoas acreditam que há uma alíquota diferenciada de IOF para empréstimos consignados, dado que estes têm características particulares, que tornam um produto mais atraente que o empréstimo pessoal convencional.

Porém, não é o caso. Empréstimos consignados não possuem uma alíquota especial de IOF.

Como reforçado aqui, a alíquota do IOF é definida pelo governo e pode ser alterada a qualquer momento, mas não há uma taxa diferenciada de crédito consignado. O que realmente diferencia os empréstimos consignados de outros são fatores como a taxa de juros, a forma de pagamento e o número de parcelas.

Os juros de empréstimos consignados variam de 1,97% e 2,14% ao mês, sendo este último a taxa máxima no INSS, com prazo máximo de sete anos para pagar.

O pagamento é feito diretamente na folha de pagamento do tomador, o que proporciona mais comodidade e segurança tanto para o credor quanto para o devedor.

No entanto, é preciso levar em conta que, quanto maior é o prazo de pagamento, maior pode ser o valor total do IOF cobrado, já que a porcentagem diária de 0,0082% continua existindo em empréstimos consignados.

Como o IOF em empréstimos afeta a economia?

O IOF em empréstimo não afeta somente o valor total que você irá pagar, mas também a economia como um todo.

O IOF afeta diretamente a demanda por crédito, que está cada vez mais difícil para famílias de menor renda. Quando o governo aumenta a alíquota do IOF, o custo dos empréstimos e outras operações financeiras aumenta, ajudando diretamente no crescimento do número de endividados.

Além de tornar o acesso ao crédito mais restrito, uma alíquota alta de IOF desestimula as pessoas e as empresas a tomar empréstimos, reduzindo assim a quantidade de dinheiro em circulação na economia.

Por isso, em diversos momentos o governo federal optou por diminuir ou até mesmo zerar a cobrança do IOF em empréstimos. Dessa forma, a União continua estimulando a economia através dessa prática.

Além disso, o IOF tem um impacto direto nas receitas governamentais. Os impostos arrecadados por meio do IOF são uma fonte significativa de financiamento para o governo, que pode ser usada para financiar uma variedade de programas sociais e serviços públicos.

Aprenda mais sobre o IOF

O entendimento sobre o IOF e seu impacto nos empréstimos é essencial para você adquirir mais conhecimento e inteligência financeira.

Como explicado neste artigo, o IOF é um imposto federal que incide sobre várias operações financeiras, incluindo empréstimos, seja ele consignado ou não.

Essa taxa, além de representar uma fonte relevante de receita para o governo, funciona como uma ferramenta de política fiscal que pode influenciar a economia como um todo.

Uma variação na alíquota do IOF pode afetar o custo do crédito, a demanda por empréstimos e, por extensão, o nível de atividade econômica.

Por isso, continue na busca de mais informações para tomada de decisões financeiras bem informadas. Afinal, entender plenamente os termos de um empréstimo é essencial para ajudar a gerenciar melhor seu dinheiro e evitar surpresas desagradáveis no futuro, como endividamento.

E para te ajudar a organizar melhor a sua vida financeira, aproveite para ler nosso conteúdo completo com dicas para criar uma reserva de emergência e se proteger em caso de imprevistos.

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