Para o viajante econômico, Milão é vivida nas ruas e nos balcões, com uma energia jovem e despretensiosa. A hospedagem foca em hostels modernos ou hotéis práticos na região da Estação Central ou no bairro universitário de Città Studi, onde os preços são justos e a conexão com o metrô é imediata. A gastronomia é uma caça ao tesouro deliciosa: o café da manhã é rápido, com um cappuccino e cornetto (croissant) no balcão por poucos euros. O almoço é resolvido com os lendários panzerottis do Luini ou fatias generosas de pizza al taglio. Mas o grande segredo é o jantar: este viajante adota a sagrada tradição do "Aperitivo" na região de Navigli, onde, ao comprar um drink (aprox. 10 a 15 euros), tem-se acesso a um buffet livre de massas, frios e petiscos, garantindo uma refeição completa e socialização intensa.
A mobilidade é resolvida com o excelente sistema de metrô e tram (bonde), utilizando bilhetes diários ou carnês que reduzem o custo unitário, além de muita sola de sapato para descobrir pátios escondidos. O roteiro privilegia atrações gratuitas ou baratas, como entrar na Catedral do Duomo (apenas na nave, sem subir nos terraços), visitar a impressionante Igreja de San Maurizio (a "Capela Sistina de Milão") que tem entrada franca, e relaxar no Parco Sempione. Para sair da cidade, a escolha é um bate-volta de trem regional (treno regionale) para Bérgamo, explorando a Città Alta medieval com vistas incríveis e custo baixíssimo, provando que a Itália raiz está ao alcance de todos.

