Para o viajante que encara a Índia de peito aberto e orçamento controlado, a experiência é visceral e autêntica. A hospedagem se concentra em hostels animados na região de Paharganj, em Nova Delhi, ou em guesthouses familiares simples em Jaipur, onde o conforto é básico (ventilador de teto e banheiro simples), mas a interação com outros viajantes e anfitriões é rica. A alimentação é uma festa de sabores e preços baixos: o dia começa com um Chai e samosas na rua, segue com um Thali (prato com várias porções de curries, arroz e pão) em restaurantes locais (Dhabas) por preços irrisórios e jantares em locais frequentados por locais, evitando os menus "para turista". A regra é comer onde há fila de indianos, garantindo rotatividade e frescor.
A mobilidade é uma aventura à parte e exige negociação: o viajante utiliza o metrô de Delhi (que é excelente e barato), trens na classe Sleeper ou 3AC (com ar-condicionado básico) para transitar entre as cidades e, dentro delas, os onipresentes Auto-Rickshaws (tuc-tucs), sempre pechinchando o valor antes de embarcar. O roteiro prioriza a descoberta a pé pelos mercados de Old Delhi, a entrada em templos gratuitos como o Templo de Lótus e o Gurudwara Bangla Sahib (onde se pode ver a cozinha comunitária gigante), e a visita ao Taj Mahal chegando na abertura dos portões para economizar e ver o sol nascer, optando por guias de áudio ou livros em vez de guias privados.

