por
Time Nomad
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Publicado em
7/3/2025
Para quem está buscando novas formas de investimentos em renda fixa, o CDB prefixado é uma das modalidades mais conhecidas do mercado financeiro brasileiro. Sua principal característica é a previsibilidade no momento da aplicação. Ou seja, é possível saber quanto o dinheiro vai render até o vencimento do título.
Neste artigo, você vai entender tudo sobre o CDB prefixado, seus riscos e benefícios, além de conhecer alternativas em renda fixa no exterior que podem ser mais atrativas.
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um investimento de renda fixa emitido por instituições financeiras, com o objetivo de financiar suas atividades. Em troca, o investidor recebe o dinheiro investido acrescido de uma taxa, que pode ser pós-fixada, prefixada ou híbrida.
No caso do CDB prefixado, o investidor sabe, desde o momento da aplicação, qual será o rendimento no momento do vencimento. Ao contrário do CDB pós-fixado, que tem sua rentabilidade atrelada a um índice econômico (como o CDI), o CDB prefixado tem sua rentabilidade estabelecida no momento da contratação.
Por exemplo, se você investir em um CDB prefixado com uma taxa de 7% ao ano e um prazo de dois anos, ao final desse período você terá um retorno de 14,49% (considerando os juros compostos) sobre o valor que investiu, independentemente das variações do mercado.
Ou seja, ao investir em um CDB prefixado, você terá como indicador a taxa a ser paga no momento do vencimento, e não outro indicador econômico (CDI, IPCA, Selic etc.).
Em época de inflação controlada e tendência de baixa da Taxa Selic, os CDBs prefixados surgem como uma opção mais atrativa de renda fixa. Nesses casos, um CDB prefixado pode render mais que um pós-fixado no curto prazo. Por isso é essencial entender o momento econômico atual para saber qual investimento trará retornos mais interessantes.
Além da rentabilidade, o CDB prefixado também se destaca como uma opção segura entre a classe de ativos de renda fixa, já que conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), entidade privada que atua na proteção de investidores contra falência ou calote da instituição emissora do título. Vale lembrar que o respaldo do FGC também se aplica para LCIs e LCAs.
O CDB prefixado, assim como outras modalidades de CDBs, conta com incidência de dois impostos: o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto de Renda (IR), calculados somente sobre o valor dos rendimentos, e não do total.
O primeiro, o IOF, é cobrado apenas em operações com prazo inferior a 30 dias. Ou seja, após o 30º dia da aplicação, não existe mais a cobrança de IOF. Do 1º ao 29º dia há uma tabela regressiva de cobrança, que varia de 96% a 3%.
O Imposto de Renda também segue uma tabela regressiva, que varia de acordo com o período de aplicação. Logo, quanto mais tempo você manter a aplicação, menos impostos vai pagar. Confira a tabela de acordo com o prazo de aplicação:
Vale ressaltar que esse imposto incide sobre os rendimentos da aplicação e é retido na fonte no momento do resgate.
Aproveite e confira como declarar corretamente investimentos, inclusive CDB prefixado.
Como títulos de renda fixa, o CDB prefixado e o pós-fixado têm semelhanças, mas são as diferenças que realmente contam no momento da escolha.
Ambos os CDBs são títulos emitidos por bancos. O investidor “empresta” dinheiro à instituição financeira e, em troca, recebe uma rentabilidade no futuro. Tanto o prefixado quanto o pós-fixado são extremamente seguros, com opções para investidores conservadores aos mais arrojados.
A principal diferença entre eles está na maneira como a rentabilidade é calculada. Como explicamos, o CDB prefixado tem uma taxa acordada no momento do investimento, e você saberá exatamente quanto seu dinheiro vai render ao final do prazo.
No CDB pós-fixado, a taxa de rentabilidade é atrelada a um indicador econômico (geralmente o CDI, que é próximo à Taxa Selic), o que significa que a rentabilidade final só será conhecida no vencimento do título, já que o indicador pode flutuar durante esse período.
Assim, dependendo do cenário econômico, um tipo de CDB pode ser mais vantajoso do que o outro. Em um cenário de queda da taxa de juros, por exemplo, o CDB prefixado tende a ser mais vantajoso, pois garante uma taxa de rentabilidade fixa. Já em um cenário de alta dos juros, o CDB pós-fixado pode ser mais interessante, pois sua rentabilidade vai acompanhar essa alta.
Embora o CDB prefixado seja considerado um investimento de baixo risco, ainda existem incertezas a considerar. A principal delas é a possibilidade de quebra da instituição financeira que emitiu o CDB. Como mencionado, esse risco é mitigado pela garantia do FGC, que protege investimentos de até R$ 250 mil por ano, durante 4 anos.
Outro risco associado ao CDB prefixado é a possibilidade de aumento da inflação. Se houver um aumento significativo durante o período do investimento, a rentabilidade real do CDB prefixado (ou seja, o rendimento descontando a inflação) pode ser menor do que o esperado, diferente de um pré-fixado atrelado ao IPCA, que embute a variação do índice no rendimento.
Para evitar a desvalorização dos seus investimentos em caso de alta da inflação, a estratégia a ser adotada é a diversificação da carteira, investindo também em CDBs pós-fixados, como Tesouro Direto e opções de renda fixa em dólar.
Após avaliar todas as informações sobre o CDB prefixado. Agora é hora de partir para a prática e começar a investir. O processo é simples e pode ser feito de forma online, em bancos ou corretoras.
Antes de investir, é importante ter uma ideia clara de seus objetivos financeiros. Quanto dinheiro você gostaria de investir? Em quanto tempo? Isso vai ajudar na escolha do CDB, que conta com prazos e rentabilidades diferentes.
A próxima etapa é escolher a instituição financeira ou a corretora de valores onde você fará o investimento. Lembre-se de verificar as taxas de juros oferecidas de cada ativo, bem como a solidez e a reputação da instituição emissora. CDBs de instituições menores costumam oferecer taxas mais atraentes, mas também carregam um risco maior.
Se você ainda não tem uma conta na instituição financeira escolhida, precisará abrir uma. Geralmente, esse processo pode ser feito online e requer apenas alguns documentos, como RG, CPF e comprovante de residência.Após esse passo, basta aplicar o dinheiro e esperar o vencimento para tê-lo de volta com a rentabilidade esperada.
O CDB prefixado brasileiro é uma opção interessante para quem busca previsibilidade de retorno em reais. No entanto, olhar para o mercado financeiro dos Estados Unidos oferece alternativas de renda fixa que podem agregar ainda mais valor à sua carteira, especialmente pela segurança em moeda forte (o dólar) e pela oportunidade de diversificação global.
Assim como no Brasil, o mercado americano possui diversos instrumentos de renda fixa. Alguns deles se assemelham ao conceito de "prefixado" por oferecerem taxas de retorno conhecidas no momento da aplicação, mas com características próprias e, muitas vezes, com o benefício adicional de estarem denominados em dólar, uma das moedas mais fortes do mundo.
Veja algumas alternativas de renda fixa nos EUA que podem ser mais seguras e/ou rentáveis que um CDB prefixado brasileiro, considerando o contexto de dolarização e diversificação.
São o equivalente americano dos CDBs. Ao comprar um CD, você deposita uma quantia em um banco por um período determinado (prazo) em troca de uma taxa de juros fixa. Você sabe exatamente quanto receberá no vencimento.
Os CDs emitidos por bancos americanos contam com a proteção do FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), similar ao FGC no Brasil, garantindo até US$ 250 mil por depositante, por banco, para cada categoria de propriedade da conta. Investir em CDs é uma forma de ter uma renda fixa previsível em dólar com um alto nível de segurança. Os prazos variam bastante, de poucos meses a vários anos.
Considerados um dos investimentos mais seguros do mundo, os títulos emitidos pelo Tesouro dos EUA são uma excelente alternativa. Existem diferentes tipos de Treasuries:
Empresas americanas também emitem títulos de dívida para financiar suas operações. Ao comprar um Corporate Bond, você está emprestando dinheiro para a empresa em troca de pagamentos de juros periódicos (geralmente fixos) e o principal no vencimento. A segurança varia de acordo com a solidez financeira da empresa emissora.
Para um perfil mais conservador, o foco deve ser em Investment Grade Bonds, emitidos por empresas com alta classificação de crédito. Corporate Bonds podem oferecer rendimentos mais altos que Treasuries, compensando o risco adicional, e também pagam em dólar com taxas prefixadas.
Uma forma prática de investir em uma cesta diversificada de títulos de renda fixa (Governo, Corporativo, etc.) nos EUA ou globalmente é através de ETFs de Bonds. Embora o valor da cota do ETF possa flutuar (pois ele negocia em bolsa e seu valor reflete os títulos que detém), muitos ETFs de Bonds distribuem os juros recebidos dos títulos subjacentes como dividendos mensais ou trimestrais em dólar, criando um fluxo de renda passiva.
Existem ETFs de renda fixa focados em diferentes estratégias, como ETFs de T-Bills de curto prazo (alta liquidez e segurança), ETFs de Investment Grade Corporate Bonds (segurança e rendimento maior) ou ETFs de títulos do Tesouro de diferentes prazos.
Ao considerar estas alternativas, você não só busca um retorno em renda fixa, mas o faz em dólar, protegendo-se da variação cambial e diversificando seu risco para além do Brasil.
O CDB prefixado é um pilar da renda fixa brasileira, oferecendo previsibilidade e segurança em reais. No entanto, a jornada de investimento se enriquece e se fortalece ao olhar para o exterior.
Alternativas como CDs, Títulos do Tesouro Americano, Corporate Bonds e ETFs de Renda Fixa nos EUA oferecem a oportunidade de acessar a segurança, a previsibilidade (em alguns casos) e o potencial de rendimento da renda fixa, mas com o benefício inestimável da dolarização e da diversificação em um mercado global consolidado. Avalie seus objetivos, seu perfil e explore essas opções para construir um portfólio verdadeiramente global.
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