Para o viajante econômico, o Cairo é um prato cheio — literalmente e figurativamente. A hospedagem foca em hostels ou hotéis 3 estrelas antigos e cheios de personalidade na região de Downtown (Centro), próximos à Praça Tahrir. A localização é estratégica, permitindo acesso a pé a museus e ao Rio Nilo. A gastronomia é uma celebração da comida de rua: esqueça os menus turísticos e mergulhe nas pequenas lojas que vendem Koshary (a mistura energética de arroz, macarrão, lentilha e molho de tomate), Falafel (conhecido lá como Ta'ameya) e Shawarma. É possível fazer refeições fartas e deliciosas gastando valores irrisórios, vivenciando a cidade como um verdadeiro cairota.
A mobilidade é garantida pelo metrô, que é incrivelmente barato e eficiente para longas distâncias, complementado por caminhadas intensas e o uso ocasional de Uber para trechos específicos. O roteiro é montado com astúcia: visitas autoguiadas ao Bairro Copta e à Cidadela de Saladino, pechinchas no mercado Khan el Khalili (onde olhar é de graça) e a exploração das Pirâmides de Gizé utilizando transporte público até a entrada do complexo. Para variar o cenário, esse viajante pega um trem local (muito barato) na estação Ramsés para passar o dia em Alexandria, almoçando frutos do mar em restaurantes simples à beira do Mediterrâneo antes de retornar à noite.

