8 temas para investir nos próximos 8 meses

O cenário mudou muito da virada do ano para cá. Conheça nossa visão para investimentos globais ao longo dos próximos meses de 2025

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Time Nomad

5 min.

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Publicado em

6/5/2025

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Uma das normas do código de conduta dos analistas de valores mobiliários é utilizar “linguagem serena” em suas publicações — um lembrete cada vez mais necessário na era das redes sociais. Mais que um direcionamento de linguagem para seguirmos como profissionais, a serenidade deveria ser a palavra de ordem também entre os investidores em si, no momento de tomar decisões. Em períodos como o atual, aplicar este mandamento é ainda mais difícil, e ainda mais importante. 

Desde a publicação do nosso guia Onde Investir em 2025, o sentimento mudou. O otimismo que cercava a administração Trump, pautado em expectativas para um ambiente regulatório favorável a novos negócios e consequente crescimento acelerado, deu lugar a níveis historicamente elevados de incerteza e consequente volatilidade e aversão a risco. 

Analistas de mercado projetam chances entre 30%¹ e 90%² de ocorrer uma recessão; o S&P500 apresenta desvalorização de mais de 7% no acumulado do ano, o VIX, que mede a volatilidade do mercado, atingiu níveis não vistos desde o pior momento da pandemia de Covid-19. Ao mesmo tempo o sentimento do consumidor e dos empresários vem se deteriorando. As projeções para os resultados das empresas foram revisadas para baixo no maior nível desde 2020. 

Navegar mercados em cenários como esse não é fácil, mas ficar sem investir custa mais caro. Nesta atualização da nossa visão global de mercado, separamos 8 temas de atenção para os próximos 8 meses de 2025, incluindo teses defensivas, como setores de menor sensibilidade à situação macroeconômica e renda fixa, mas também histórias com alto potencial de geração de valor para o médio e longo prazo.

Setores defensivos: Ações de valor, utilidades públicas, empresas com histórico consistente de dividendos, bens de consumo básico e o setor de saúde são segmentos de destaque. Esses investimentos oferecem proteção contra a volatilidade do mercado, abrangendo empresas maduras com fluxos de caixa estáveis e demanda inelástica.

Cibersegurança: Mesmo em crises, os ciberataques persistem, explorando vulnerabilidades e a digitalização acelerada de setores aumenta a demanda por soluções de segurança. A inteligência artificial e a computação quântica trazem novas vulnerabilidades, exigindo soluções mais complexas e sofisticadas, indicando um potencial de crescimento constante e aumento de margens no longo prazo.

Defesa na Europa: Enquanto os EUA enfrentam incertezas, a Europa está adotando uma visão de longo prazo para fortalecer sua capacidade de defesa, com apoio institucional e financiamento estruturado, com destaque para o plano ReArm EU, que visa fortalecer a autonomia e a competitividade da Europa.

Energia: Antes uma das teses do Trump Trade, o setor enfrenta desafios devido à guerra comercial e suas consequências no mercado de petróleo e gás. A principal consequência da guerra comercial é a queda da demanda global por commodities energéticas, impactando os preços do petróleo e potencialmente os lucros das empresas do setor. No entanto, as energias renováveis continuam essenciais e competitivas.

Saúde: Os EUA gastam mais em saúde per capita do que outros países desenvolvidos, e, enquanto o governo Trump tenta cortar gastos em áreas como ajuda humanitária e pesquisa, também aumentou os repasses para o Medicare Advantage, beneficiando seguradoras privadas. O setor farmacêutico e de biotecnologia, volátil e impactado por tarifas, enfrenta desafios e incertezas, mas também se beneficia da crescente tendência de medicamentos como GLP-1.

IA e Semicondutores: Apesar da turbulência política e das dúvidas sobre o impacto das tarifas na demanda e margens, os fundamentos para o longo prazo permanecem sólidos. A necessidade de capacidade computacional para o desenvolvimento de modelos complexos de IA continua alta. 

Renda Fixa: A curva de juros dos títulos do Tesouro dos EUA apresentou mudanças significativas, refletindo preocupações com a economia americana. Os spreads ainda se encontravam em patamares historicamente baixos, sugerindo um movimento de acomodação e ajuste gradual na percepção de risco.

Solidez dos EUA: O mercado americano já superou diversas crises históricas e sempre apresentou recuperação e crescimento no longo prazo. Continuamos acreditando na importância da diversificação em moeda forte como o dólar para proteção patrimonial e equilíbrio da carteira.

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