Investimento offshore: saiba mais sobre essa alternativa para diversificação internacional

Uma empresa offshore pode ser uma alternativa para a diversificação internacional dos seus investimentos. Entenda como globalizar sua carteira.

por

Paula Zogbi

12 min.

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Publicado em

29/8/2025

Os investimentos internacionais se tornaram comuns entre os brasileiros. Somente em janeiro de 2025, o total de compras de ativos em outros países chegou a US$ 3,070 bilhões. O número é resultado da globalização dos investimentos, o que gera a necessidade de buscar uma estrutura maior do que a conta pessoal para gerir o patrimônio. Aqui, aparece a offshore.

Apesar de ser muito citado, esse termo nem sempre é bem compreendido. Basicamente, refere-se a uma empresa sediada no exterior e utilizada para proteger os ativos da carteira, otimizar o planejamento tributário e buscar mais privacidade financeira.

Esses são alguns dos motivos que fazem o investimento offshore ser uma alternativa válida em alguns casos. Para entender melhor, este post vai desmistificar o conceito, mostrar por que serviu historicamente e como funciona atualmente para as aplicações financeiras.

O que é offshore no universo dos investimentos?

Offshore no universo dos investimentos é a realização de aplicações financeiras em empresas sediadas fora do país em que se mora. Essa atividade é legalizada no Brasil, basta que todas as declarações sejam fornecidas corretamente às autoridades, como a Receita Federal e o Banco Central.

A ilegalidade ocorre quando a declaração é omitida ou a estrutura da empresa no exterior for utilizada para fins ilícitos. Nessas situações, pode haver o enquadramento como lavagem de dinheiro ou evasão fiscal, com as penalidades cabíveis para cada caso.

Vale destacar, ainda, que os negócios da empresa estrangeira podem ter diferentes origens, como imobiliário, atividades operacionais de outras companhias e investimentos no mercado financeiro.

Normalmente, as offshores podem ser abertas em qualquer país, mas são mais comuns em destinos com benefícios fiscais. Essa pode ser uma forma de otimizar a carga tributária e, consequentemente, buscar novas oportunidades de rentabilidade.

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Para que serve uma offshore?

Uma offshore serve como instrumento legal para viabilizar negócios e investimentos no exterior com um bom planejamento tributário, isto é, carga tributária mais baixa. O uso dessa estrutura também é importante para proteger os ativos e gerenciar os ativos a mercados globais.

Nesse cenário, alguns dos motivos que levam investidores a usarem esse modelo de investimento são:

  • Proteção patrimonial a fim de evitar a volatilidade cambial e as instabilidades político-econômicas;
  • Veículo de investimento, que oferece acesso a mercados globais;
  • Planejamento sucessório, a fim de proteger os bens e facilitar sua transferência para os herdeiros.

Investir via offshore vale a pena e como é o processo?

Investir via offshore pode valer a pena, especialmente se você tem um patrimônio significativo ou deseja diversificar sua carteira, proteger seus ativos e fazer um planejamento sucessório. O processo ocorre por meio de corretoras de valores estrangeiras ou contas internacionais, nas quais você poderá negociar ações, imóveis, títulos e fundos de investimento.

Vale destacar que cada offshore segue a jurisdição do país em que está sediada. No caso de uma conta para investir no exterior, você pode utilizar para pagamentos, depósitos, transferências e outros tipos de operação, inclusive aplicações financeiras.

Para investir via offshore, você deve seguir algumas etapas estruturadas. Confira quais são elas:

  • Escolha a estrutura, que pode ser um ETF no Brasil, uma empresa offshore ou uma conta internacional de pessoa física;
  • Abra a sua conta no exterior em uma instituição confiável;
  • Defina a porcentagem do seu patrimônio que será dolarizada. Essa decisão depende do seu perfil de investidor, objetivos a alcançar e momento da vida. Faça um planejamento cuidadoso, portanto;
  • Crie a sua estratégia com alinhamento aos seus propósitos. Considere as oportunidades de crescimento e a proteção contra riscos predeterminados;
  • Negocie os ativos desejados e diversifique seu portfólio;
  • Monitore os investimentos e verifique frequentemente se ainda atendem aos seus objetivos.

Quando uma estrutura offshore ainda pode ser considerada?

Uma estrutura offshore ainda pode ser considerada quando você tem um patrimônio de alto valor e complexidade, deseja fazer seu planejamento sucessório e quer ter acesso a produtos e mercados específicos. Também é uma forma de preservar a sua identidade, já que há sigilo para operações e outros fatores.

Aqui, é importante destacar os principais tipos de offshore existentes:

  • Trusts: permitem transferir os ativos para um gestor a fim de beneficiar terceiros. É usado para proteger os bens, fazer o planejamento sucessório e buscar a confidencialidade financeira;
  • Limited Liability Company (LLC): é uma Sociedade de Responsabilidade Limitada, o que protege os bens pessoais e oferece flexibilidade na tributação e na gestão;
  • International Business Company (IBC): é um modelo utilizado para gerenciar negócios globais em jurisdições com tributação favorecida;
  • Contas pessoais estrangeiras: é o formato mais acessível, já que você abre uma conta internacional e pode comprar e vender ativos no exterior.

Com essas informações, fica claro que nem sempre é preciso complexificar as operações para ter acesso a um mercado global, inclusive com a possibilidade de investir em dólar.

Como abrir uma empresa offshore de investimento?

Para abrir uma empresa offshore de investimento, você precisa cumprir algumas etapas, já que esse é um processo complexo e sempre requer profissionais especializados. Os principais passos para alcançar esse objetivo são:

  1. Faça uma pesquisa e planeje-se: conheça as jurisdições offshore e veja qual é a melhor para as suas necessidades. Compare regulamentação, tributos, custos de manutenção, estabilidade política e reputação;
  2. Escolha a jurisdição: veja qual país atende aos seus propósitos. Algumas possibilidades são Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Cayman, Seychelles, Belize e Panamá;
  3. Defina o nome da empresa: descubra se há disponibilidade para o termo desejado e verifique se está em conformidade com os regulamentos e as regras da jurisdição;
  4. Contrate serviços profissionais: tenha o apoio de advogados com experiência internacional e nesse tipo de negócio;
  5. Registre a empresa: organize a documentação, que pode abranger certificado de incorporação, memorando e estatutos empresariais, identificação de diretores e acionistas. Encaminhe todos os arquivos para a autoridade competente;
  6. Nomeie os diretores e acionistas: execute esse processo de acordo com os requisitos legais da jurisdição;
  7. Abra sua conta bancária: busque uma instituição financeira que atenda às suas demandas;
  8. Cumpra todos os critérios legais e fiscais: garanta que a conformidade esteja em dia. Apresente relatórios anuais, pague impostos e taxas etc.;
  9. Mantenha a offshore: haverá custos para deixar a empresa em funcionamento, então, informe-se sobre as exigências tanto no Brasil quanto na jurisdição escolhida.

Investimentos offshore são opções válidas para investir no exterior? 

Agora que você entende o que é offshore e para que serve, já pode decidir se essa opção é válida para você. Existem benefícios, ao mesmo tempo que o processo é complexo e requer suporte especializado.

Ao ter esse apoio, fica mais fácil seguir as regras no Brasil e no exterior, em vez de agir na ilegalidade. Devido à própria complexidade, contudo, é válido optar por essa alternativa quando você deseja proteger seu patrimônio de alguma forma, seja pelo planejamento sucessório, seja pela redução na carga tributária.

De toda forma, saber como abrir uma offshore pode ser uma opção interessante para você. Se tiver dúvidas, procure o auxílio de uma consultoria independente. Como resultado, você poderá investir em dólar como forma de diversificar a sua carteira de investimentos e se expor a uma moeda forte.

E se você quer descobrir como o dólar pode reduzir os riscos da sua carteira, baixe o nosso guia gratuito Carteira Blindada.

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Paula Zogbi

Estrategista-chefe da Nomad, tem mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, foi head de conteúdo na XP, analista na Rico e jornalista na InfoMoney e EXAME. É graduada em jornalismo pela USP e tem certificação CNPI pela Apimec.

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