por
Time Nomad
15 min.
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Publicado em
25/9/2025
No mundo dos investimentos, poucas siglas têm tanto peso quanto o FOMC. Oito vezes por ano, investidores de todo o planeta param para ouvir o que um pequeno comitê de doze pessoas em Washington, D.C., tem a dizer. Mas por que a decisão deles é tão importante a ponto de afetar seus investimentos, o dólar e a economia global?
A resposta é simples: o FOMC é, em essência, o "Copom" dos Estados Unidos. Assim como o Comitê de Política Monetária (Copom) define a taxa Selic no Brasil, o FOMC define a taxa de juros da maior economia do mundo. E quando os EUA espirram, o resto do mundo financeiro pega um resfriado.
Entender o que é o FOMC e como ele funciona é um passo importante para quem quer investir de forma mais inteligente e consciente, especialmente no mercado internacional. Neste guia completo, vamos desvendar tudo sobre o comitê mais poderoso do mundo financeiro.
Imagine que a economia global é um grande tabuleiro. A decisão do FOMC sobre a taxa de juros americana é a jogada que move a peça mais importante, influenciando todas as outras. Se os juros nos EUA sobem, o dólar tende a se fortalecer, pois os investidores buscam a segurança e o maior retorno dos títulos americanos. Isso impacta diretamente a cotação do dólar no Brasil.
Da mesma forma, o custo do crédito para as maiores empresas do mundo muda, o que afeta o desempenho das bolsas de valores, da Nasdaq à B3. Portanto, acompanhar o FOMC não é um interesse apenas de economistas, mas de qualquer pessoa que busca tomar decisões mais informadas para a construção de seu patrimônio.
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Para entender o FOMC, primeiro precisamos conhecer seu "órgão-mãe".
O Federal Reserve, ou Fed, é o banco central dos Estados Unidos. Criado em 1913, ele é responsável por supervisionar o sistema bancário, manter a estabilidade do sistema financeiro e, principalmente, conduzir a política monetária do país para atingir seus dois objetivos principais: o máximo emprego e a estabilidade dos preços (controle da inflação).
Dentro do Fed, o FOMC (Federal Open Market Committee, ou Comitê Federal de Mercado Aberto) é o comitê específico que se reúne para votar e decidir qual será a direção da política monetária. É o FOMC que, na prática, define a meta para a principal taxa de juros do país.
O funcionamento do comitê segue um rito bem definido e transparente.
O FOMC é composto por 12 membros com direito a voto:
O comitê se reúne oito vezes por ano, aproximadamente a cada seis semanas, em encontros que duram dois dias. Nessas reuniões, eles analisam uma vasta gama de dados econômicos: o nível de emprego, o crescimento do PIB, a produção industrial e, claro, os indicadores de inflação. Com base nessa análise, eles decidem se mantêm, aumentam ou diminuem a taxa de juros.
Em alguns dias do ano, a agenda econômica global fica especialmente tensa. A Super Quarta é o dia em que a decisão do FOMC nos EUA coincide com a do Copom no Brasil. Nesses dias, a volatilidade nos mercados de câmbio e de ações costuma ser altíssima, com investidores do mundo todo aguardando os rumos das duas principais economias das Américas.
A decisão mais aguardada de cada reunião do FOMC é a definição da meta para a Federal Funds Rate.
A Fed Funds Rate é a taxa de juros que as instituições financeiras cobram umas das outras para emprestar reservas de um dia para o outro. Embora seja uma taxa interbancária, ela serve como uma base para todas as outras taxas de juros da economia americana, desde o financiamento de um carro ou uma casa até o custo de um empréstimo para uma grande empresa.
O FOMC utiliza a taxa de juros como um acelerador ou um freio para a economia.
As decisões do comitê têm consequências diretas para quem está pensando em como investir no exterior.
É importante lembrar que o mercado financeiro é dinâmico e outros fatores podem influenciar o desempenho dos ativos. Todo investimento envolve riscos e as decisões devem estar alinhadas ao seu perfil de investidor.
Esses termos se referem à postura do comitê. "Hawkish" (falcão) descreve uma postura mais dura, inclinada a aumentar os juros para combater a inflação. "Dovish" (pomba) descreve uma postura mais branda, inclinada a manter ou cortar os juros para estimular a economia.
O calendário oficial, com as datas das reuniões e a divulgação das atas, está disponível no site do Federal Reserve (federalreserve.gov).
É um relatório publicado pelo Fed oito vezes por ano, duas semanas antes de cada reunião do FOMC. Ele contém um resumo das condições econômicas em cada um dos 12 distritos do Federal Reserve e serve como um importante material de apoio para a decisão do comitê.
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