Investidor moderado: o que é, características e como investe?

Aprenda o conceito de investidor moderado e veja quais ativos são mais adequados para este perfil, tanto no Brasil quanto no exterior.

por

Time Nomad

12 min.

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Publicado em

9/9/2025

Investir de forma estratégica começa com um passo: conhecer seu perfil de investidor. Assim, você poderá tomar decisões que estejam alinhadas aos seus objetivos financeiros, tolerância a riscos e horizonte de investimento. Existem três perfis mais comuns de investidores: conservador, moderado e arrojado. 

A seguir, vamos explorar o perfil de investidor moderado, aquele que busca um equilíbrio entre a preservação do capital e um potencial de retorno superior ao da renda fixa tradicional. Entenda as características desse perfil e as opções de investimento mais adequadas, além de ativos internacionais recomendados. Vamos lá!

O que define um investidor com perfil moderado?

A principal característica do perfil moderado é a busca por uma carteira de investimento que minimize riscos, mas que também inclua ativos com oportunidade de valorização mais alta no curto e médio prazo.

É um perfil descrito como alguém que não busca correr riscos extremos, mas também não investe apenas em investimentos de perfil mais conservador, como a poupança e alguns CDBs. O investidor moderado entende que uma combinação de investimentos de diferentes níveis de risco pode ser a chave para maximizar o crescimento de seu portfólio ao longo do tempo.

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Características principais do perfil moderado

Em resumo, as principais características de um investidor com perfil moderado são:

  • Tolerância ao risco intermediária: o perfil moderado está disposto a enfrentar alguma volatilidade para buscar melhores retornos, mas sempre com a preocupação de preservar o capital. É um perfil que compreende que não há retorno sem risco, mas ele prefere um risco calculado e controlado;
  • Visão de longo prazo: o investidor moderado tem paciência para ver o retorno de seus investimentos, priorizando a sustentabilidade da carteira ao longo do tempo. Isso significa que pode estar disposto a manter seus investimentos durante períodos de volatilidade, com foco no crescimento consistente e na proteção do patrimônio.;
  • Equilíbrio na diversificação: por fim, o perfil moderado busca diversificar sua carteira, misturando ativos de renda fixa e variável, e pode incluir investimentos internacionais como forma de aumentar a proteção e a rentabilidade. A diversificação é vista como uma estratégia essencial para minimizar riscos e melhorar o desempenho no longo prazo.

Este perfil pode ser adequado para investidores que desejam construir uma base sólida em sua carteira com uma quantidade moderada de exposição ao mercado, buscando rendimento superior ao da renda fixa sem comprometer a estabilidade do portfólio.

Quais ativos considerar para uma carteira moderada?

Como explicado, a estratégia de alocação de ativos do investidor moderado busca balancear risco e retorno, combinando investimentos mais seguros com ativos de maior potencial de crescimento. Esse equilíbrio é essencial para atingir um crescimento consistente, sem se expor a riscos excessivos.

Assim, a carteira costuma ser montada seguindo dois pilares principais:

A alocação estratégica entre renda fixa e renda variável

Uma carteira moderada geralmente possui uma maior proporção em renda fixa, mas também destina uma parte relevante a ativos de renda variável, com o objetivo de obter retornos mais elevados. O percentual entre renda fixa e variável pode variar conforme o perfil, sendo necessário revisar a estratégia de tempos em tempos. 

Essa proporção pode ser ajustada ao longo do tempo conforme o investidor ganha mais experiência ou deseja mudar seu perfil de investidor.

A diversificação como pilar da estratégia moderada

A diversificação é o pilar central da estratégia do investidor moderado. Isso não significa apenas alocar em diferentes tipos de ativos, mas também em diferentes mercados e moedas. Investir no exterior, por exemplo, pode ajudar a diluir os riscos relacionados à economia local e à flutuação do real. 

Assim, o portfólio do perfil moderado pode incluir investimentos de mercados desenvolvidos, como os Estados Unidos, e de mercados emergentes, que oferecem outras oportunidades. Diversificar entre diferentes tipos de ativos e classes de ativos permite ao investidor moderado reduzir a volatilidade de sua carteira, o que contribui para maior resiliência diante de choques econômicos ou quedas no mercado.

Como um investidor moderado costuma montar sua carteira?

Por ser um portfólio com maior equilíbrio, o investidor moderado deve avaliar cuidadosamente onde alocar seus recursos, tanto no Brasil quanto no exterior. A chave é encontrar ativos que ofereçam o equilíbrio certo entre proteção e crescimento, respeitando seu perfil de risco.

Investimentos de Renda Fixa (a base de proteção da carteira)

No Brasil, alguns dos ativos comuns para este perfil são:

  • Tesouro Direto: títulos públicos como o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+ são alternativas populares para o investidor moderado, oferecendo previsibilidade e proteção contra a inflação. O Tesouro Direto é uma das opções mais populares entre os investidores brasileiros, por seu equilíbrio e rentabilidade estável;
  • CDBs e LCIs/LCAs: são alternativas de renda fixa com boa rentabilidade e contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que protege o valor investido em até R$ 250 mil por CPF e por instituição. Esses ativos são ideais para investidores moderados que buscam evitar grandes oscilações em sua carteira, enquanto ainda buscam retornos mais elevados que a poupança;
  • Fundos de Renda Fixa: outra forma de diversificação é por meio de fundos de investimento em renda fixa com baixo e médio risco de crédito. Esses fundos alocam a maior parte dos recursos em CDBs, debêntures e títulos públicos.

Já no mercado americano, alguns dos ativos a serem considerados por perfis moderados são:

  • Money Market Funds: investimentos de menor volatilidade e alta liquidez, adequados para uma parcela mais conservadora da carteira. Esses fundos investem em instrumentos financeiros de curto prazo e são uma boa opção para investidores que desejam manter uma parte da carteira em um ativo de menor volatilidade;
  • Bond ETFs: fundos de índice que investem em títulos do governo ou empresas com bom rating de crédito, permitindo diversificação internacional de forma acessível. Esses fundos oferecem uma forma simples de obter exposição à renda fixa internacional;
  • Títulos de Renda Fixa Direta: títulos como os Treasuries dos EUA ou Corporate Bonds, embora mais complexos para pequenos investidores, são opções valiosas para aqueles que buscam proteção e rentabilidade. Investir diretamente em títulos do governo dos EUA ou de grandes empresas oferece estabilidade, com a vantagem de diversificação internacional.

Investimentos de Renda Variável (a parcela para buscar crescimento)

No Brasil, os ativos de renda variável mais adequados para estes investidores são:

  • Ações de Blue Chips: empresas grandes e consolidadas, como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), são escolhas comuns para o investidor moderado que busca empresas de maior capitalização no mercado de ações.
  • BDRs: Brazilian Depositary Receipts permitem investir em empresas estrangeiras sem a necessidade de enviar recursos para o exterior, mas com os riscos de mercado e cambiais. Essa alternativa oferece ao investidor exposição a companhias globais, como Apple (AAPL34) e Amazon (AMZO34), sem a necessidade de adquirir ações diretamente no mercado internacional.

Já para quem procura ativos de renda variável em dólar, as opções são:

  • Stocks Diretas e Equity ETFs: comprar ações de grandes empresas ou investir em ETFs que replicam índices amplos, como o S&P 500, é uma forma eficaz de aumentar a exposição internacional. Esses ativos oferecem um bom equilíbrio entre risco e retorno para o investidor moderado;
  • REITs (Real Estate Investment Trusts): fundos de investimento imobiliário que possibilitam o acesso ao mercado imobiliário internacional sem a necessidade de comprar imóveis diretamente. REITs são uma alternativa para quem busca receber rendimentos periódicos, enquanto investe em um mercado altamente desenvolvido

Vantagens de incluir investimentos internacionais na carteira moderada

O investidor moderado se beneficia – e muito – ao incluir ativos internacionais em sua carteira. Essa diversificação geográfica e em diferentes moedas pode aumentar a resiliência e o potencial de retorno de longo prazo da carteira. As principais vantagens são:

Aumento significativo da diversificação (geográfica e de moeda)

Investir no exterior permite uma exposição a mercados mais desenvolvidos e dinâmicos, além de diluir riscos econômicos e políticos locais. Isso reduz o impacto de crises específicas de um único país, como o Brasil. Ao diversificar internacionalmente, o investidor modera os riscos associados à economia local e à volatilidade do mercado doméstico.

Acesso a um universo de oportunidades maior e mais desenvolvido

Mercados internacionais, principalmente o americano, que é o maior do mundo, oferecem uma gama de opções de investimentos mais diversificada e com mais maturidade, como fundos setoriais e temáticos, ações de empresas globais e títulos de países com boa classificação de crédito. Esses mercados também têm uma infraestrutura de investimentos mais robusta, proporcionando mais robustez e melhores práticas de governança.

Proteção contra riscos políticos e econômicos locais

Ao investir fora do Brasil, o investidor se protege de crises políticas e flutuações econômicas locais, além de se beneficiar de uma maior estabilidade oferecida por países desenvolvidos. Além disso, ativos denominados em dólares oferecem proteção adicional contra a desvalorização do real e a inflação doméstica.

Investir de forma inteligente é buscar sempre o equilíbrio, e um perfil moderado é justamente isso: uma estratégia equilibrada e bem pensada, que permite aproveitar as melhores oportunidades sem comprometer a preservação do capital.

A diversificação, tanto geográfica quanto de ativos, é essencial para aumentar as chances de crescimento do patrimônio, ao mesmo tempo em que reduz os riscos. Com a combinação certa de investimentos no Brasil e no exterior, o investidor moderado pode construir uma carteira robusta que ofereça equilíbrio e potencial de crescimento no longo prazo.

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