Onde investir no segundo semestre de 2025

Estagflação é o risco-chave monitorado no mercado americano nos próximos meses, mas o mercado continua precificando um cenário promissor. Onde investir agora?

por

Danilo Igliori

Paula Zogbi

Bruno Shahini

Nickolas Lobo

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Publicado em

2/9/2025

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Estagflação é o risco-chave monitorado no mercado americano nos próximos meses. Mas o mercado continua precificando avanços importantes em tecnologias promissoras que vêm sustentando o dinamismo da economia. Neste material, debatemos as oportunidades e riscos aos investimentos globais, em 4 frentes:

Cenário Macro: O Fed segue buscando percorrer a última milha do combate à inflação, mas o ciclo de cortes de juros está mais próximo. A guerra comercial, ao contrário, se distancia, com acordos importantes oferecendo melhor visibilidade da postura do governo em relação a temas essenciais para a sustentabilidade de um crescimento econômico saudável.

Renda fixa: O mercado aguarda um corte de juros pelo Fed após dados de emprego fracos, tornando os Treasuries de curto prazo uma oportunidade. Em contraste, os títulos de longo prazo estão menos atrativos, pois perderam sua eficácia como proteção para carteiras e seus rendimentos devem cair lentamente. Nos segmentos de títulos corporativos e de mercados emergentes, a principal atratividade está no "carrego" dos cupons. Isso se deve ao fato de que os spreads de risco já estão muito baixos, limitando o potencial para ganhos de capital adicionais.

Bolsa americana: Apoiadas no boom da Inteligência Artificial, as big techs continuam sendo o principal motor do desempenho positivo da Bolsa americana, mas até onde pode ir o rali? Acreditamos que as tendências ligadas às novas tecnologias não podem ser ignoradas, mas a diversificação é fundamental em momentos de preços esticados e alta sensibilidade a fatores de risco.

Bolsa global: O desempenho superior da bolsa americana na última década foi impulsionado pela concentração em ações de tecnologia, favorecidas pelos juros baixos, o que resultou em valuations elevados e um baixo prêmio de risco (ERP). Em contrapartida, os mercados emergentes e outros desenvolvidos, como Europa e Japão, tiveram performance inferior, significativamente prejudicada pela força do dólar. Atualmente, esses mercados internacionais oferecem prêmios de risco mais atrativos, indicando que estão relativamente mais baratos. Dessa forma, a alocação fora dos EUA é uma importante diversificação e uma aposta em um potencial ciclo de enfraquecimento do dólar, que pode impulsionar os retornos de ativos estrangeiros.

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Danilo Igliori

Economista-chefe da Nomad. Professor do Departamento de Economia da FEA-USP, PhD pela Universidade de Cambridge. Foi um dos fundadores da DataZAP, no Brasil já atuou em empresas como BTG Pactual, Unibanco, Vale, Grupo Zap e OLX, e atuou como consultor em agências internacionais (Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Paula Zogbi

Estrategista-chefe da Nomad, tem mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, foi head de conteúdo na XP, analista na Rico e jornalista na InfoMoney e EXAME. É graduada em jornalismo pela USP e tem certificação CNPI pela Apimec.

Bruno Shahini

Com 9 anos de experiência no mercado financeiro, atuou na Votorantim Asset e no Banco Daycoval, é economista formado no Insper e possui as certificações CFP® (Certified Financial Planner) e CGA (Gestão de Carteiras ANBIMA)

Nickolas Lobo

Analista de Research da Nomad, com 5 anos de experiência no mercado financeiro, com passagem pela Spectra, Banco Modal e mais de 3 anos trabalhando em equities globais, principalmente no mercado americano, na RXZ Investimentos. É graduado em Economia pelo Insper

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