Vai fazer uma viagem internacional? Além do passaporte e, em alguns casos, do visto, outro item merece atenção durante o planejamento: os requisitos de saúde. Muitos países exigem comprovação de vacinação contra determinadas doenças para permitir a entrada de viajantes, e é aí que entra o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP). Esse certificado é um documento oficial, reconhecido mundialmente, que serve para mostrar que você se imunizou contra doenças como a febre amarela, uma das vacinas mais pedidas por países da África, da América do Sul e da Ásia. Sem esse comprovante, sua entrada pode ser barrada, mesmo com tudo certo no restante da documentação.
Se você nunca ouviu falar sobre isso, não se preocupe. Este guia vai te mostrar o que é o CIVP, em quais situações ele é obrigatório, como tirar o Certificado Internacional de Vacinação no Brasil e outras informações importantes para conhecer antes de arrumar suas malas para a viagem.
O que é o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP)?
O Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia é um documento emitido por autoridades de saúde que comprova a vacinação do viajante contra doenças específicas exigidas por alguns países. Ele segue um modelo padronizado e é aceito internacionalmente, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ao apresentar o CIVP, você demonstra que tomou uma vacina reconhecida e aplicada conforme os critérios técnicos exigidos, o que protege não só você, mas também a população do país que está visitando. Esse certificado é especialmente importante para viagens a regiões onde há risco de surtos de doenças graves, como a febre amarela.
A vacina contra a febre amarela, aliás, é a mais comum exigida no CIVP. No entanto, dependendo do seu roteiro de viagem e das condições sanitárias no país de destino, outras vacinas também podem ser solicitadas.
Essas exigências mudam de país para país e podem variar com o tempo, por isso é importante consultar fontes oficiais, como o site da Anvisa ou os consulados dos países que você pretende visitar.
Se você ainda não tem esse certificado ou nem sabia que ele existia, não se preocupe: no Brasil, o processo para obtê-lo é simples, gratuito e pode ser feito totalmente online.
Quando e para que serve o CIVP em viagens internacionais?
O Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) é exigido quando o país de destino quer garantir que os viajantes estejam imunizados contra doenças infecciosas que representam risco à saúde pública.
Em outras palavras, o CIVP funciona como uma barreira de proteção coletiva: ele ajuda a prevenir a disseminação de doenças entre fronteiras. Mas nem todos os países pedem esse certificado. A exigência depende do risco sanitário da região e das orientações da OMS.
O mais comum é que ele seja solicitado para entrada em países da África e da América do Sul, principalmente em áreas com incidência de febre amarela. Também pode ser obrigatório em regiões onde há surtos ou onde o controle de certas doenças é mais rigoroso.
Além de ser um requisito para cruzar fronteiras, companhias aéreas ou autoridades de imigração podem solicitar o CIVP ainda no embarque. Por isso, vale se antecipar e entender se ele é necessário para o seu destino, principalmente se você está planejando sua primeira viagem internacional.
Vamos detalhar melhor essas situações nos tópicos a seguir.
Requisito obrigatório para entrada em alguns países
Sim, em muitos casos o CIVP é uma exigência legal. Sem ele, você pode ter a entrada negada no destino. Países como Gana, Bolívia, Nicarágua e alguns da Ásia solicitam o certificado para comprovação de vacina contra febre amarela.
Essa exigência está relacionada a medidas de controle de doenças transmissíveis, para garantir que o vírus não entre (ou não se espalhe) no território. Claro, não adianta apenas estar vacinado, é preciso apresentar o CIVP. O comprovante da vacina emitido pelo posto de saúde brasileiro não é aceito como substituto durante uma viagem internacional.
Como saber se meu destino exige o CIVP?
Essa é uma dúvida comum. Para saber se o seu destino exige o Certificado Internacional de Vacinação, a melhor fonte de informação são os canais oficiais. Você pode:
- acessar o site da Anvisa,
- consultar o site da embaixada ou do consulado do país que vai visitar,
- verificar com a companhia aérea ou agência de viagens.
Outra dica: verifique isso com antecedência. Não deixe para a última hora, pois há prazos mínimos entre a data da vacina e a validade do certificado. Por exemplo, a vacina da febre amarela só passa a valer no CIVP 10 dias após a aplicação.
Como obter seu Certificado Internacional de Vacinação no Brasil
Conseguir a carteira de vacinação internacional é mais simples do que parece. Todo o processo pode ser feito de forma gratuita e digital, sem precisar sair de casa. Mas é importante seguir algumas etapas para que a solicitação seja aprovada.
Abaixo, explicamos o passo a passo de como tirar o Certificado Internacional de Vacinação.
Passo 1: Tome a vacina exigida
Tudo começa com a vacina. A mais comum exigida por outros países é a da febre amarela. Ela deve ser aplicada em um posto de saúde, como os da rede pública do SUS. Caso o país de destino exija outra vacina, o processo é o mesmo.
Importante: se for a sua primeira dose da vacina contra a febre amarela, ela deve ser tomada com pelo menos 10 dias de antecedência da viagem. Esse é o tempo necessário para que ela passe a valer para fins de viagem internacional.
Passo 2: Registre a vacina corretamente na Caderneta de Vacinação Nacional
Depois de tomar a vacina, verifique se ela foi registrada corretamente na sua Caderneta de Vacinação Nacional, também conhecida como Cartão de Vacinação. É esse documento que será usado para comprovar que você foi imunizado.
Atente-se aos seguintes detalhes:
- o registro precisa estar legível,
- deve conter o nome da vacina, data de aplicação, lote, fabricante e assinatura do profissional de saúde,
- o nome no cartão deve coincidir com o do documento oficial com foto.
Esses dados serão necessários na hora de emitir o CIVP. Se houver erro ou informação incompleta, a solicitação pode ser recusada.
Passo 3: Solicite a emissão do CIVP via site do Governo Federal
Com a vacina aplicada e registrada corretamente, acesse a página de solicitação do CVIP, clique em “Iniciar” e faça login com o seu usuário e senha do gov.br.
Em seguida, preencha os campos do formulário. Você verá que as vacinas disponíveis são para:
- febre amarela,
- meningite,
- poliomielite.
Além de informar a data da vacina e o lote, também é preciso anexar um comprovante.
Passo 4: Aguarde a análise e emita o CIVP digital
Depois de enviar seus dados e o comprovante, a Anvisa analisará sua solicitação. Esse processo pode levar alguns dias, por isso, novamente, não deixe para a última hora.
Se estiver tudo certo, o certificado será liberado na mesma plataforma e você poderá baixar a versão digital do CIVP. Ele vem em formato PDF e pode ser salvo no celular ou impresso, caso prefira ter uma cópia física com você durante a viagem.
Valor para obter o CIVP e sua validade
Uma das dúvidas mais comuns de quem precisa emitir o Certificado Internacional de Vacinação é: “preciso pagar por isso?”. A validade desse documento é outro ponto importante, por isso confira os detalhes a seguir.
Quanto custa emitir o Certificado Internacional de Vacinação no Brasil?
Emitir o CIVP é gratuito. Isso mesmo: não há nenhuma taxa cobrada pelo governo ou pela Anvisa para a emissão do certificado. A única condição é que a vacina tenha sido registrada corretamente.
Portanto, desconfie de sites ou pessoas que cobram para “agilizar” esse processo. A emissão oficial deve ser feita apenas por canais do governo, como o portal gov.br.
Qual a validade do Certificado Internacional de Vacinação?
A validade do certificado depende da vacina, mas no caso da febre amarela, que é a mais frequentemente exigida, a OMS determinou que uma única dose já garante imunidade vitalícia. Ou seja, se você tomou a vacina e ela foi registrada corretamente, seu CIVP é válido para o resto da vida.
Entretanto, alguns países ainda podem exigir revacinação, mesmo que isso vá contra as recomendações da OMS. Por isso, vale verificar as regras específicas do destino antes de viajar.
Outras informações sobre o CIVP
Agora que você já sabe como emitir o Certificado Internacional de Vacinação, quando ele é exigido e qual sua validade, vale conhecer algumas informações extras que podem fazer a diferença na sua preparação para a viagem.
Muita gente tem dúvidas sobre vacinas recomendadas, regras para crianças e outras situações especiais, e é disso que vamos tratar aqui.
Diferença entre vacinas obrigatórias (para entrada) e recomendadas (para proteção)
Nem toda vacina registrada no seu cartão será exigida no CIVP. Há uma diferença entre vacinas obrigatórias, que são exigidas para entrada em determinados países, e vacinas recomendadas, que servem para proteger você durante a estadia, mas não são exigidas na imigração.
Por exemplo, a vacina contra febre amarela geralmente é obrigatória. Já vacinas como hepatite A, tétano ou febre tifóide podem ser recomendadas dependendo do destino, mas não são exigidas para entrada.
É importante conversar com um profissional de saúde, preferencialmente em um posto de atendimento ao viajante, para entender o que é necessário para o seu caso. Eles podem te orientar sobre quais vacinas tomar com base no país, nas regiões que você vai visitar e nas atividades previstas.
Leia também: Países que não exigem visto para brasileiros: lista completa
CIVP para crianças: existem regras específicas?
Sim, e elas variam conforme a idade da criança e a vacina exigida. No caso da vacina contra febre amarela, por exemplo, ela é indicada a partir de 9 meses de idade, e a dose única já pode ser registrada no CIVP.
Crianças menores, que ainda não têm idade para tomar a vacina, normalmente precisam apresentar um atestado médico de isenção de vacinação. Esse documento deve estar traduzido oficialmente e pode ser exigido pelas autoridades no momento da entrada.
O processo para emitir o CIVP infantil é o mesmo dos adultos. Os pais ou responsáveis devem fazer a solicitação digital, anexar os documentos da criança e aguardar a análise. É importante garantir que o nome na caderneta de vacinação e no documento de identidade coincida com os dados da solicitação.
O Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia é um documento essencial para garantir sua entrada em diversos países e, principalmente, para proteger sua saúde e a das pessoas ao seu redor durante uma viagem.
Ter esse certificado em mãos comprova que você se imunizou contra doenças como a febre amarela, cuja vacinação é obrigatória em muitos destinos. Felizmente, emitir o CIVP no Brasil é um processo prático, gratuito e pode ser feito online, desde que você tenha tomado a vacina e registrado tudo corretamente.
Antes de viajar, sempre consulte fontes oficiais para saber se o seu destino exige o CIVP. Assim, você evita imprevistos na imigração e pode aproveitar a viagem com muito mais tranquilidade.
E falando em documentos de viagem, já conferiu se o seu passaporte está em dia? Confira nosso post sobre como renovar o passaporte e viaje com tudo certo!
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