por
Time Nomad
13 min.
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Publicado em
28/5/2025
O termo day trade costuma ser bastante conhecido por quem acompanha o universo dos investimentos. Porém, outra estratégia semelhante é o swing trade.
Mas, afinal, o que é swing trade? Como essa modalidade funciona? Quais são suas vantagens e seus riscos? Neste artigo, você vai entender tudo sobre essa estratégia e descobrir se ela combina com o seu perfil de investidor.
Swing trade é uma estratégia de investimento baseada na compra e venda de ativos (como ações ou fundos imobiliários) com o objetivo de obter lucro em um intervalo de tempo intermediário, normalmente entre alguns dias e poucas semanas.
Diferentemente do day trade, em que as operações são iniciadas e finalizadas no mesmo dia, o swing trader segura suas posições por mais tempo, aproveitando oscilações do mercado ao longo de vários pregões.
Essa estratégia se apoia principalmente em análise técnica, ou seja, o estudo de gráficos, indicadores e padrões de comportamento dos ativos para tentar prever movimentos futuros. O objetivo é "surfar" nos movimentos do mercado, comprando na baixa e vendendo na alta.
Para entender como funciona swing trade na prática, é importante conhecer os principais elementos dessa operação:
O swing trade se baseia, em sua maioria, na análise técnica, uma abordagem que utiliza gráficos e indicadores (como médias móveis, IFR e bandas de Bollinger), além de dados de fluxos financeiros, para tentar prever movimentos de preço. O trader analisa o histórico de preços dos ativos em busca de padrões que sinalizem boas oportunidades de compra ou venda.
Essa análise permite ao investidor buscar zonas de suporte e resistência, pontos nos quais o preço tende a reagir. Mas cuidado: ela não se baseia necessariamente na saúde da empresa ou fundo, nem na capacidade de crescimento, diferentemente de uma análise fundamentalista focada no longo prazo.
Nem todos os ativos listados na Bolsa são ideais para essa estratégia. O swing trader busca ativos com alta liquidez e volatilidade moderada, características que aumentam a previsibilidade dos movimentos e a facilidade de entrada e saída das operações.
Ações com grande volume de negociação, como aquelas que compõem grandes índices, são geralmente as escolhidas. Além disso, é possível operar swing trade com ETFs, contratos futuros, opções e até criptomoedas, dependendo da plataforma utilizada.
A principal diferença entre swing trade e outras estratégias está no prazo. As posições costumam durar de dois a dez dias úteis, podendo se estender por semanas em casos específicos. O objetivo é capturar movimentações mais amplas do que as disponíveis no day trade, mas ainda curtas o suficiente para não se configurar como investimento de longo prazo, mantendo uma característica de especulação e, portanto, com possibilidade elevada de perdas.
Outro ponto essencial é o gerenciamento de risco por meio do stop loss e stop gain. O stop loss é uma ordem programada para encerrar uma operação automaticamente caso o ativo atinja um valor mínimo, limitando as perdas. O stop gain, por sua vez, fecha a operação quando o lucro planejado é alcançado.
Essas ferramentas são essenciais para proteger o capital do investidor, uma vez que o mercado pode se mover contra a posição de forma inesperada.
Algumas corretoras permitem operar com alavancagem, ou seja, utilizar recursos emprestados para aumentar o poder de compra ou venda. Embora isso possa amplificar os lucros, também amplifica os riscos, sendo uma estratégia recomendada apenas para traders mais experientes e com boa gestão emocional e de risco.
Conhecendo agora como o swing trade, é essencial também entender suas principais diferenças para outra estratégia de curtíssimo prazo: o day trade.
A principal diferença está no tempo de operação. No day trade, as compras e vendas de ativos acontecem no mesmo dia. Ou seja, o trader abre e fecha suas posições durante o pregão, encerrando o dia "zerado", sem exposição ao risco de variações noturnas ou acontecimentos fora do horário de mercado.
Já no swing trade, as posições são mantidas por dias ou semanas, o que permite capturar movimentos mais amplos dos ativos, mas também exige conviver com o chamado risco overnight, eventos que impactam os preços de um dia para o outro, como decisões econômicas ou geopolíticas.
Em relação ao perfil de investidor, ambas as estratégias atraem perfis mais arrojados, dispostos a assumir riscos altos em busca de ganhos rápidos. Para perfis conservadores e moderados, por outro lado, é mais indicado se expor à renda variável por períodos mais longos, de forma a diluir os riscos e capturar o potencial de crescimento de longo prazo da companhia ou fundo.
Por fim, há uma diferença prática no tempo dedicado à operação. O day trader geralmente acompanha o mercado em tempo real, com foco diário e alta frequência de negociações. O swing trader pode operar de forma mais flexível, revisando posições uma vez ao dia ou até algumas vezes por semana.
O swing trade, em geral, é praticado por quem:
Essa estratégia costuma ser bem recebida por profissionais que trabalham em tempo integral em outras áreas, mas que conseguem reservar algum tempo durante a noite ou ao longo da semana para planejar suas operações com base em análise técnica.
Por outro lado, não é indicada para investidores conservadores ou avessos ao risco, nem para quem não tem disponibilidade para se atualizar com certa frequência sobre o mercado financeiro.
Como toda estratégia de investimento, o swing trade possui benefícios e pontos de atenção que devem ser considerados antes de começar.
As principais vantagens são:
Já os riscos a serem ponderados são:
Por isso, é fundamental operar swing trade com planejamento, disciplina e estratégias bem definidas de entrada e saída, sempre respeitando o próprio limite ao risco.
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