Como investir em vinhos? Descubra como entrar no mercado vinícola

Descubra como investir em vinhos de forma estratégica, seja comprando o ativo de forma direta ou investindo em ativos relacionados às empresas produtoras.

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Time Nomad

10 min.

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Publicado em

25/7/2025

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Que o vinho é uma das bebidas mais antigas da humanidade, isso já sabemos. Mas o que poucos ainda imaginam é a possibilidade de investir em vinhos sem ser proprietário de uma vinícola, o que pode ser uma forma interessante de diversificação do seu portfólio..

Nesse contexto, o chamado fine wine, ou vinho fino, passou a integrar o portfólio de investidores sofisticados, colecionadores e até mesmo iniciantes curiosos sobre novas possibilidades financeiras.

Neste artigo, você vai entender por que esse mercado tem atraído o olhar de investidores do mundo todo, como é possível participar dele de forma direta ou indireta, e quais cuidados tomar ao começar a investir em vinhos. Confira!

O que é o investimento em vinhos e por que ele atrai investidores?

Investir em vinhos significa adquirir rótulos com potencial de valorização ao longo do tempo. Ao contrário de ativos convencionais como ações ou fundos imobiliários, o vinho combina elementos intangíveis, como história, reputação e pontuação de críticos, com características tangíveis, como escassez e tempo de maturação.

Esse investimento chama atenção por agregar algumas vantagens, como:

  • Potencial de valorização: Rótulos raros e bem conservados podem se valorizar com o tempo, embora não haja garantias;
  • Diversificação de portfólio: como um ativo alternativo, o vinho tem baixa correlação com os mercados tradicionais;
  • Baixa correlação com a inflação: por ser um ativo real, o vinho fino pode oferecer uma forma de proteção contra a inflação, embora não haja garantias e seu valor também esteja sujeito a oscilações de mercado;
  • Aspecto emocional: além dos números, há o prazer de colecionar, armazenar e até degustar garrafas raras com valor afetivo e histórico.

Em especial, o mercado de vinhos finos tem crescido de forma consistente, com índices como o Liv-ex Fine Wine 100 superando diversas classes de ativos tradicionais em determinados períodos. É importante ressaltar que rendimentos passados não são indicativos de rendimentos futuros.

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Investimento direto em rótulos: construindo sua coleção

Para quem deseja uma experiência mais imersiva, investir diretamente em vinhos pode ser fascinante. Envolve a compra física de garrafas com potencial de valorização e exige conhecimento sobre o produto, sua origem, condições de armazenamento e canais de revenda.

Investidores que seguem esse caminho costumam encarar o vinho como um ativo de longo prazo, com atenção a detalhes técnicos e históricos. Criar uma adega valorizada exige planejamento e curadoria criteriosa. Veja como criar um investimento direto em rótulos de vinhos:

Quais tipos de vinhos são considerados "investíveis"?

Nem todo vinho serve como ativo financeiro. Os vinhos considerados investíveis reúnem características específicas que os tornam atrativos:

  • Origem em regiões renomadas, como Bordeaux, Borgonha, Champagne (França), Toscana (Itália) e Napa Valley (EUA);
  • Safras premiadas, com excelente avaliação climática e enológica;
  • Produção limitada e controlada, aumentando a escassez ao longo do tempo;
  • Pontuações altas de críticos, como Robert Parker, Wine Spectator ou James Suckling;
  • Potencial de envelhecimento, o que permite valorização gradual;
  • Histórico de valorização no mercado secundário.

Ao reunir esses atributos, o vinho ganha prestígio, raridade e demanda, ingredientes que podem contribuir para a variação de sua cotação no mercado.

Como e onde comprar vinhos para investimento?

Como podemos imaginar, quanto melhor e de mais qualidade o vinho, mais difícil também é a sua aquisição. Adquirir vinhos para investimento exige atenção redobrada à proveniência do vinho, ou seja, a origem e o histórico da garrafa. Comprar de fontes confiáveis é essencial para garantir a autenticidade e a valorização futura.

Alguns dos canais utilizados para comprar vinhos são:

  • Leilões especializados, como Sotheby’s e Christie’s, que oferecem rótulos certificados e rastreáveis;
  • Merchants (comerciantes especializados), que atuam como curadores e intermediários;
  • Compra en primeur, que permite adquirir vinhos ainda em barril, antes do engarrafamento, geralmente por preços mais baixos.

Um detalhe interessante é que, ao comprar en primeur, o investidor aposta na valorização da safra após a liberação para o mercado. É uma estratégia que, embora apresente riscos, pode oferecer oportunidades de retorno quando aliada a conhecimento técnico.

Armazenamento e seguro: protegendo seu investimento

Mais do que saber onde comprar, é essencial entender como armazenar corretamente o vinho, garantindo que suas características originais se mantenham e o líquido mantenha seu potencial de valorização. 

Uma vez adquiridas, as garrafas devem ser protegidas como qualquer outro bem de valor. O armazenamento correto não apenas preserva a qualidade do vinho, como é essencial para manter (ou aumentar) seu preço de mercado.

Os cuidados principais são:

  • Temperatura entre 12°C e 14°C, com umidade constante de 60% a 70%;
  • Ambiente escuro, sem vibração e sem odores;
  • Adegas climatizadas profissionais, que oferecem controle e segurança total;
  • Apólices de seguro específicas para vinhos, cobrindo perda, roubo ou deterioração.

Inclusive, em mercados avançados de investimentos em vinhos, como o Reino Unido, há empresas especializadas em armazenar vinhos de investidores, com estruturas de segurança semelhantes às de cofres bancários. Viu como o vinho certo pode ser tão valioso?

Potencial de valorização e liquidez: o que esperar?

O valor de um vinho pode aumentar com o tempo, mas isso não é algo garantido. Fatores como safra, envelhecimento, escassez e reconhecimento internacional influenciam os preços. Em termos de valorização, é importante esperar:

  • Liquidez moderada: a revenda depende de mercados especializados;
  • Tempo de maturação: algumas garrafas podem levar de 10 a 30 anos para atingir seu valor máximo;
  • Flutuação de demanda internacional: mercados asiáticos, por exemplo, podem impulsionar determinados rótulos.

Segundo o índice Liv-ex 100, que acompanha o preço dos vinhos no mercado secundário, os vinhos finos chegaram a apresentar retorno médio anual superior a 10% em determinados períodos. Contudo, é importante lembrar que resultados passados não garantem retornos futuros.

Investimento indireto: acessando o mercado de vinhos via produtos financeiros

Se você busca praticidade, o investimento indireto é uma alternativa. Em vez de armazenar garrafas, é possível acessar o mercado de vinhos por meio de ETFs, ações de empresas do setor ou plataformas digitais.

Essa modalidade exige menos envolvimento prático e geralmente oferece maior liquidez e menor barreira de entrada. Vamos entender como ela funciona na prática?

ETFs e fundos de investimento com foco em vinho

ETFs (Exchange Traded Funds) e fundos temáticos permitem que investidores apliquem em carteiras compostas por vinhos finos ou empresas do setor vitivinícola. Eles replicam índices especializados e têm a vantagem da liquidez diária.

Alguns fundos negociados em bolsas internacionais replicam o desempenho do índice Liv-ex, facilitando o acesso ao mercado global de vinhos mesmo para investidores com pouco capital inicial.

Ações de empresas do setor vinícola e de luxo

Outra opção é investir em ações de empresas com atuação direta ou indireta na produção, distribuição ou comercialização de vinhos. Alguns exemplos de ações são:

  • Vinícolas listadas em bolsas (como Constellation Brands e Treasury Wine Estates);
  • Grupos de bebidas e alimentos;
  • Conglomerados de luxo como LVMH, proprietário de marcas como Moët & Chandon e Dom Pérignon.

Lembre-se que o desempenho dessas ações está atrelado à saúde financeira das empresas, não à valorização individual de garrafas, mas ainda assim permite exposição ao setor.

Plataformas de investimento em vinho (wine investment platforms)

As chamadas “wine investment platforms” oferecem uma experiência digitalizada para investir em vinhos. Elas permitem a compra fracionada de garrafas, cuidam do armazenamento e oferecem relatórios de valorização.

Essas plataformas ganharam força com a digitalização do mercado e permitem entrada com investimentos menores, sendo uma alternativa para investidores que priorizam comodidade e acessibilidade.

Como começar a investir em vinhos

Partindo para a parte prática, confira outras dicas importantes sobre como investir em vinhos:

Estude e pesquise o mercado

O primeiro passo é mergulhar no universo dos vinhos. Leia publicações especializadas, acompanhe os principais índices e conheça os críticos mais respeitados do setor. Sites como Liv-ex e revistas como Decanter e Wine Spectator são boas fontes de estudo.

Defina seus objetivos e seu orçamento para este tipo de investimento

Você busca retorno financeiro, diversificação ou realização pessoal? Defina também quanto pretende alocar nesse tipo de ativo. Para isso, é recomendável que você utilize todos os recursos disponíveis para se informar sobre a composição geral de seu portfólio.

Considere os riscos e a diversificação da sua carteira geral

O investimento em vinho não substitui classes tradicionais, como ações ou renda fixa. Deve ser visto como um complemento, com exposição calculada e alinhada ao seu perfil de risco. Por isso, é fundamental que esse investimento faça sentido dentro do seu portfólio e que você siga sempre o seu perfil de investidor.

Busque assessoria especializada, se necessário

Apesar de uma opção de investimento pouco ortodoxa no mercado, o investimento em vinhos é um segmento em crescimento e com bons especialistas para auxiliar na curadoria de ativos. Se não se sentir confortável com a curadoria de rótulos ou seleção de ativos, conte com essa ajuda. Consultores financeiros, sommeliers certificados e plataformas profissionais podem orientar sua jornada.

Um brinde aos seus futuros investimentos

O vinho atravessou séculos como símbolo de celebração, cultura e sofisticação. Hoje, ele também representa uma forma refinada de diversificar seus investimentos. Seja pela compra de rótulos consagrados, por fundos especializados ou por plataformas digitais, o vinho pode integrar sua carteira de maneira estratégica.

Mas lembre-se: como todo investimento, exige estudo, paciência e uma visão clara de seus objetivos.

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