O que são opções e como funciona esse mercado

As opções podem ser uma alternativa para diversificar seus investimentos. Entenda o que são esses derivativos e como operar nesse mercado.

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Time Nomad

12 min.

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Publicado em

2/9/2025

O mercado financeiro vai muito além da compra e venda de ações. Existem outras alternativas, como os derivativos. Mas existem outras alternativas, como os derivativos, que têm seu valor atrelado a um ativo subjacente. Um dos exemplos dessa categoria são as opções: contratos que dão o direito de negociar um ativo no futuro por um preço já definido.

Embora seja um derivativo conhecido, esse instrumento financeiro é complexo e exige conhecimento de mercado. Isso acontece por causa da sua complexidade e dos riscos elevados da operação, que é feita na Bolsa de Valores.

Para facilitar a sua compreensão, criamos este guia para você entender o que são opções, seus tipos, funcionamento, vencimento e para quem são indicadas. Continue a leitura e entenda!

O que são opções e qual seu papel como derivativos?

Opções são contratos que dão o direito de comprar ou vender um ativo por um preço predeterminado em uma data futura. Têm um papel como derivativos, já que seu valor depende de um ativo subjacente, por exemplo, ações ou commodities.

O ambiente de negociação desses papéis é chamado de mercado de opções. Desde que ciente dos riscos, quem investe pode operar nesse mercado, adquirindo uma opção de compra ou de venda. Ao tomar essa decisão, paga um prêmio na compra ou recebe esse valor na venda.

Nesse momento, o mais importante é saber que esse ambiente de negociação foi criado para favorecer as operações de hedge, isto é, proteção. Por exemplo: um produtor rural pode usar as opções para se proteger das variações de preço das commodities agrícolas.

Seu objetivo, nesse caso, é comprar opções de venda para “travar” o preço. No futuro, se o mercado negociar a produção por uma quantia mais baixa, o produtor exerce seu direito e ganha com as opções, já que recebe o valor definido anteriormente, que é mais alto.

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Opções: um direito, mas não uma obrigação

As opções são contratos de derivativos que garantem o direito, mas não a obrigação de compra ou venda. Isso significa que, ao chegar na data de vencimento, existe a possibilidade de negociar, caso seja favorável para você. Se for prejudicial, não é necessário exercer a operação.

No exemplo do produtor rural, se o preço travado for de R$ 10 e ele adquiriu uma opção de venda, exercerá seu direito se o valor futuro for de R$ 8. Nesse caso, ele teve um ganho de R$ 2. Se a quantia futura for de R$ 15, porém, vale a pena deixar de lado o direito, porque o retorno será maior, equivalente a R$ 5, nesse caso.  

Derivativos: o valor que “deriva” de algo

As opções são consideradas derivativos, porque esses contratos não têm um valor existente por si só. Na verdade, o preço sempre deriva da quantia de um ativo subjacente, que pode ser uma moeda, uma ação, uma commodity, um índice etc.

Esse mercado é mais complexo justamente devido a essa dependência e ao fato de a negociação ocorrer (ou não) no futuro. Quem investe precisa, portanto, entender o mercado e identificar suas perspectivas para saber se vale a pena fazer a operação e se a opção de compra ou de venda é a mais indicada.

Conheça os dois tipos principais de opções: call e put

As opções são divididas em call e put. A primeira se refere à possibilidade da compra no futuro, enquanto a segunda é relativa à venda. Entenda melhor quais são as características de cada um desse tipo de derivativo.

Opções de compra (call)

As opções de compra são contratos que garantem o exercício da aquisição do ativo por um preço específico em uma data futura. Para ficar mais claro, se a negociação tem ações como referência, quem investe poderá adquiri-las na data de vencimento, se for favorável.

De qualquer modo, não existe obrigação de fazer esse procedimento. Se esse direito não for exercido, a pessoa investidora perde o valor do prêmio, que foi pago na assinatura do documento.

Opções de venda (put)

As opções de venda oferecem o direito de vender o ativo adjacente na data de vencimento pelo preço pré-acordado. É praticamente o inverso da call. Nesse caso, se não houver a comercialização, o titular da put recebe o valor do prêmio.

Como funciona o mercado de opções na prática?

Na prática, o mercado de opções funciona com a negociação entre duas partes: o comprador (ou titular) e o vendedor (ou lançador). As operações são realizadas na Bolsa de valores, tanto do Brasil quanto do exterior, e têm garantias específicas, que dependem do ambiente de negociação.

Todos esses detalhes são mais bem explicados ao compreender os conceitos básicos do assunto, que apresentam como funciona o mercado de opções. Veja!

Strike price (preço de exercício)

O strike price, ou preço de exercício, é o valor predefinido e que valerá para a negociação na data de vencimento. Por exemplo, você vai comprar ações por meio de um contrato de opção. Se esse direito for exercido, a quantia cobrada será de R$ 25. Esse é o strike price. 

Data de vencimento

Também chamada de data de exercício, o vencimento é a data limite para que a pessoa investidora exerça o seu direito de compra ou venda do ativo subjacente. Se nada for realizado até esse dia, a opção deixa de valer. Como referência, o mercado americano adota a terceira sexta-feira do mês de vencimento para a maioria das opções.

Prêmio (premium): o custo e a remuneração da opção

O prêmio é o valor pago por quem compra a opção. Esse dinheiro será repassado ao vendedor e, a partir disso, o comprador (titular) tem o direito de exercer a call ou a put. Em outras palavras, para ter o contrato e fazer a negociação, precisa quitar essa quantia, portanto, é o custo para um lado e a remuneração para outro.

Comprador (holder) vs. vendedor (writer/lançador)

Nas negociações que acontecem no mercado de opções, existem duas figuras. Uma é o comprador, também chamado de holder. Ele é o titular do contrato e paga o prêmio para ter acesso a esse direito.

O segundo personagem da negociação é o vendedor, também conhecido como writer ou lançador. Basicamente, é quem vende o contrato de compra ou venda (call ou put) e recebe o prêmio do comprador.

Se a operação envolve uma call, o vendedor é obrigado a vender o ativo para o comprador, caso ele queira exercer esse direito. Em uma put, o lançador é obrigado a adquirir o papel.

Em ambas as situações, o lançador recebe o prêmio, mas sua vantagem é ainda maior quando o comprador opta por não exercer o direito adquirido.

Exercício da opção

As opções indicam que o comprador tem o direito de exercer a operação, quando for financeiramente vantajosa para ele. O lançador, por sua vez, tem a obrigação de cumprir a sua parte.

Em alguns países, como nos Estados Unidos, o titular pode exercer a opção a qualquer momento antes do vencimento. O comprador, portanto, pode optar pelo período mais vantajoso ou pela data de vencimento. Essa é uma alternativa para quem deseja investir no exterior, especialmente nos Estados Unidos, por meio de plataformas que viabilizam esse acesso a brasileiros de forma regulamentada.

O vencimento das opções: o que acontece na data final?

A chamada data de exercício é o momento em que o comprador deve decidir se exercerá seu direito ou deixará passar, perdendo o prêmio. Após essa data final, o contrato de opção não tem mais validade e a operação é encerrada, de uma forma ou outra.

O que vai determinar se vale a pena exercer o direito é o benefício a ser obtido pelo comprador. Existem 3 principais alternativas:

Opções “in-the-money” (dentro do dinheiro)

As opções in-the-money são aquelas que o preço de mercado do ativo é positivo para o titular. Por ser favorável, o exercício da opção é vantajoso e, por isso, geralmente ocorre. Em alguns casos, as corretoras podem realizar o exercício automaticamente para garantir o benefício do titular.

Opções “out-of-the-money” (fora do dinheiro)

Já as opções out-of-the-money estão fora do dinheiro por ter um valor mais baixo, portanto, não são vantajosas para o comprador. Nessa situação, ele perde o prêmio, que fica com o lançador, e o contrato expira.

Opções “at-the-money” (no dinheiro)

Quando o preço do ativo está igual ao do exercício, diz-se que é uma opção at-the-money, ou no dinheiro. Normalmente, o direito não é executado nesse caso devido à falta de vantagens financeiras para o comprador. 

Liquidação: financeira ou entrega do ativo

No vencimento, de qualquer maneira, há a liquidação do contrato, que pode acontecer de forma financeira ou pela entrega do ativo. No primeiro caso, paga-se a diferença do preço de exercício e de mercado. No segundo, o ativo é transferido fisicamente.

Na liquidação financeira, portanto, o contrato de opção é pago à vista. Os valores passam do comprador para o vendedor, considerando a diferença entre o preço de exercício e o de mercado. Como envolve quantias, alguns ativos operam somente nesse modelo, como é o caso das ações.

Já na entrega do ativo, o bem é transferido, característica mais comum em setores de energia e agropecuário, por exemplo. Mesmo nesses casos, pode haver a liquidação financeira.

Para qual perfil de investidor o mercado de opções é recomendado?

O mercado de opções é recomendado para o perfil de investidor Arrojado, que tem mais conhecimento do mercado. Nesse caso, é uma estratégia de proteção, isto é, de hedge. Também é uma alternativa para traders avançados que querem aumentar sua alavancagem.

Com o conhecimento necessário, você pode usar esse derivativo para diversificar sua carteira com estratégias mais sofisticadas. Também é possível investir no Brasil e no exterior, aumentando as suas chances de alcançar uma boa rentabilidade.

Vantagens e riscos de operar opções

As vantagens das opções incluem o potencial de alavancagem e ter uma estratégia mais ampla, com diversificação e proteção da carteira. Já os riscos envolvem a alta complexidade, o que torna o mercado mais difícil de operar e pode gerar perdas rápidas.

Confira as principais vantagens e riscos:

Vantagens:

  • Potencial de alavancagem: Com um investimento inicial menor, é possível buscar retornos compatíveis com o risco assumido;
  • Proteção de carteira (hedge): As opções funcionam como um "seguro" para seus investimentos, protegendo contra grandes oscilações do mercado;
  • Custo menor: O valor para adquirir uma opção (prêmio) é consideravelmente mais baixo que o preço do ativo principal.

Riscos:

  • Complexidade elevada: Exige conhecimento técnico e acompanhamento constante do mercado;
  • Perda do valor investido: Se a sua estratégia não se concretizar até o vencimento, você pode perder todo o valor pago pela opção (prêmio);
  • Risco para o vendedor: O lançador da opção (vendedor) tem um risco de perdas potencialmente ilimitadas.

Opções: instrumentos financeiros interessantes, mas arriscados

Com todas essas informações, você já pode tomar sua decisão sobre o investimento em opções. Esse mercado é interessante e pode trazer boa rentabilidade, mas exige muito conhecimento e um perfil arrojado.

Para quem busca a dolarização do patrimônio, as opções podem ser uma ferramenta avançada, desde que você siga as recomendações e entenda os riscos. De toda forma, existem vários outros ativos nos quais você pode aplicar seu capital, tanto no Brasil quanto no exterior.

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