por
Time Nomad
10 min
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Publicado em
29/8/2025
Exchange Traded Funds são fundos com uma grande diversidade de ativos, mas alguns apresentam um foco maior em determinado setor, tendência ou inovação. São os chamados ETFs temáticos, que acompanham a dinâmica do mercado e a busca constante dos investidores por novas oportunidades de investimento.
Essa classe é uma forma de você investir diretamente nessas áreas, como energias limpas e renováveis ou inteligência artificial, ao mesmo tempo que contribui para a diversificação da sua carteira de investimentos. Mas é importante conhecer esses ativos, já que também oferecem mais riscos.
Neste post, vamos mostrar como esses ETFs funcionam e como você pode avaliá-los para a sua carteira. Confira!
ETFs temáticos são fundos de índice voltados a setores ou tendências específicos, ou nichos segmentados. Podem oferecer uma rentabilidade maior a longo prazo por trabalharem com assuntos que podem mudar o paradigma. Por serem mais focados, também podem ser mais arriscados e menos diversificados, mesmo com foco no longo prazo.
Na prática, seu funcionamento é igual ao dos ETFs tradicionais, mas os temáticos não replicam índices de mercado (como o S&P 500 ou o Dow Jones) nem setores clássicos do mercado (por exemplo, saúde ou financeiro). Seu objetivo é alocar a maior parte do capital dos cotistas em temas específicos ou tendências de longo prazo.
Por esse motivo, o propósito não é escolher ativos que estão em alta, mas sim aqueles com potencial de valorização em um horizonte de tempo maior.
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A seleção dos ativos de ETFs temáticos segue uma metodologia específica, que varia conforme os emissores dos índices temáticos. De modo geral, são utilizados indexadores construídos especificamente para identificar e selecionar empresas que geram receita ou estão posicionadas para se beneficiar significativamente do tema relacionado.
O resultado é a seleção de temas que podem gerar grandes transformações na sociedade e que, por consequência, tendem a oferecer mais valor agregado. Geralmente, são disruptivos e representam tendências estruturais de longo prazo.
Para saber exatamente o que são ETFs temáticos, vale a pena conhecer os principais temas selecionados. Entre eles estão:
As vantagens de incluir ETFs temáticos na carteira são a possibilidade de diversificar investimentos dentro do tema escolhido e ter potencial de rentabilidade. Você também pode optar por investir no exterior e ter acesso ao mercado global.
Veja as principais vantagens dos ETFs temáticos e por que vale a pena optar por esses ativos.
O foco dos ETFs temáticos é alocar o capital em áreas que poderão ter um elevado crescimento no futuro por serem disruptivas, isto é, mudarem o paradigma existente. Como consequência, você expõe seu portfólio de maneira direta a essas tendências, que trazem um elevado potencial de rentabilidade.
Ainda que apresentem menos diversificação do que os ETFs tradicionais, os ETFs de temas trazem uma variedade dentro do tema escolhido, o que pode ser interessante para o investidor. O que acontece é a exposição a diferentes empresas que atuam em uma área predeterminada. Isso ajuda a reduzir parcialmente o risco.
Com os ETFs disruptivos, você pode investir seu dinheiro em temas globais, como biotecnologia, energia limpa e renovável e ESG. Basta ter uma conta internacional, porque a oferta desse tipo de fundo de índice é mais ampla em mercados estrangeiros, especialmente os Estados Unidos.
Como os temas têm potencial para impactar a sociedade de maneira significativa, o potencial de rentabilidade pode ser atrativo. Se tiverem sucesso, aumenta o potencial de valorização dos ativos no longo prazo, justamente por estarem ligados a transformações relevantes e duradouras.
Os riscos e desvantagens dos ETFs temáticos são significativos, porque a diversificação é menor, o tema pode ser escolhido de forma inadequada e é impossível prever tendências de longo prazo.
Entenda melhor os riscos de optar pelo investimento nesse tipo de ativo.
Mesmo com o investimento em diferentes empresas dentro de um único setor ou nicho, o ETF temático apresenta uma concentração maior, e isso é um risco a se considerar. Ainda existem alguns fundos que registram uma centralização maior por terem um número limitado de companhias selecionadas. Nesse caso, a chance de prejuízos é mais significativa.
Por serem temas disruptivos, a volatilidade tende a ser maior nesses ativos, já que as dinâmicas desses mercados mudam com mais frequência. Também há uma possibilidade maior de escolher um assunto “hypado”, que pode não se concretizar no futuro. Ou seja, tendência não é moda, e o foco do ETF precisa ser em produtos que podem beneficiar e modificar a sociedade.
Os temas dos ETFs temáticos são inovadores e, apesar de apresentarem uma elevada taxa de sucesso, também podem não performar como o esperado. Além disso, pode ser desafiador identificar o momento ideal para obter retornos com essas tendências.
Os ETFs de temas podem ter um custo maior do que os tradicionais. Normalmente, a taxa de administração é mais elevada para possibilitar a exposição ao setor.
Como a metodologia do índice varia de um emissor para outro, não existe uma garantia de que esteja certo. Portanto, pode haver a supervalorização e o investimento em modismos, em vez de tendências.
Os principais tipos de ETFs temáticos são classificados conforme o setor de atuação. A seguir, trazemos os mais comuns. Confira!
Os segmentos tecnológicos e inovadores são muito presentes nos ETFs temáticos. Alguns nichos escolhidos são cibersegurança, inteligência artificial, computação em nuvem e blockchain. São, portanto, fundos focados em companhias que buscam liderar as mudanças digitais. O potencial de crescimento desses fundos é elevado, assim como sua volatilidade.
As energias limpas e renováveis estão em alta e são uma tendência importante para o futuro. Alguns exemplos são a eólica, a solar e a hidrelétrica. Nesse caso, o objetivo do ETF é escolher empresas que focam em ESG e sustentabilidade.
Os ETFs que concentram seus investimentos em empresas de saúde também são temáticos. Aqui, o propósito é escolher mais empresas relacionadas a farmacêutica, biotecnologia, dispositivos médicos, provedores de saúde e tecnologia do setor. Também pode passar pela telemedicina, genoma e outros produtos e serviços relevantes para a sociedade.
Empresas que buscam melhorar e desenvolver soluções para os comportamentos e preferências de consumo são alvo dos ETFs temáticos. O objetivo é escolher companhias que estão na frente das tendências desse setor, como aquelas voltadas para a alta do bem-estar, da vida saudável e modificações na dieta alimentar.
Os ETFs que se voltam para a infraestrutura e novas conexões buscam empresas que atuam na união de infraestrutura física (pontes, estradas etc.) e tecnologia e conectividade (internet das coisas, inteligência artificial e telecomunicações). Apresentam bom potencial de rentabilidade, porque esse setor é necessário e está em constante desenvolvimento.
Com todas essas informações, está na hora de saber como investir em ETFs temáticos e escolher o fundo mais adequado para a sua carteira. Essas dicas são válidas tanto para quem opta por alocar seu capital no Brasil quanto para quem prefere fazer a dolarização de patrimônio. Confira!
Comece entendendo exatamente o que é ETF, como os fundos de índice funcionam, os tipos existentes e mais detalhes. A partir disso, é importante se informar sobre os ativos temáticos, que são diferentes pela seleção de setores específicos.
Evite investir somente pelo “hype” e identifique profundamente a tendência que busca capturar, o potencial real desses ativos e os desafios enfrentados. Sempre analise a gestão, o desempenho passado, a performance recente e as taxas cobradas.
Depois de compreender os ETFs de temas, verifique as opções de seu interesse e investigue a metodologia do índice utilizada. Identifique como as empresas que fazem parte do nicho são selecionadas, quais são os critérios de inclusão e exclusão e outros aspectos que achar úteis. Essa é uma forma de saber se o fundo representa de verdade a tendência da forma imaginada.
Como os ETFs temáticos têm uma taxa de administração mais elevada, compare os valores cobrados em fundos de índice de temas semelhantes. Busque preferir uma alternativa mais econômica, porque essa diferença contribui para melhorar a rentabilidade no longo prazo.
Analisar o histórico de desempenho de um ETF temático é uma prática útil para ter uma perspectiva sobre o ativo. Porém, tenha cautela, porque rentabilidade passada não garante retorno futuro, principalmente nesses casos de temas emergentes. O ideal, aqui, é verificar os resultados desde a criação do fundo e comparar ao benchmark, isto é, o índice de referência.
A carteira do ETF investe em diferentes empresas com interesses em comum, e isso significa que a diversificação já é menor do que um fundo tradicional. O problema é quando a concentração é ainda maior, porque essa característica gera mais riscos. Verifique, portanto, como é a centralização geográfica e setorial do portfólio.
No caso de ETFs americanos, por exemplo, é possível encontrar ativos temáticos com ampla diversificação dentro do setor escolhido. Eles tendem a oferecer melhores resultados e menos riscos.
A última dica é posicionar esses ativos como investimentos satélites na sua carteira de investimentos. Isso significa que eles devem representar somente uma parte do seu portfólio total, enquanto o núcleo deve ser mais diversificado, por exemplo, com a escolha de ETFs de mercado amplo. Essa indicação é importante devido ao risco de concentração, portanto, essa é uma forma de aumentar a proteção do seu patrimônio.
Com todas essas informações, você já pode escolher o seu ETF temático para investir, caso seja a sua escolha. Esses ativos são ferramentas úteis para investidores que querem apostar em tendências de crescimento de longo prazo e inovações.
Representam, ao mesmo tempo, riscos mais significativos do que os investimentos tradicionais, inclusive os próprios ETFs. Antes de alocar o seu capital, faça uma pesquisa aprofundada, compreenda bem o tema selecionado pelo fundo e saiba qual é a metodologia utilizada.
Como consequência, você incorpora os ETFs temáticos de forma consciente e diversificada em sua estratégia de investimento. Ao ter uma conta internacional, você ainda abre o seu leque de opções e pode buscar novas oportunidades de diversificação.
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