por
Time Nomad
15 min.
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Publicado em
6/5/2025
O risco de liquidez se refere à impossibilidade ou dificuldade de vender um ativo da sua carteira de investimentos. Essa situação pode acontecer devido a diferentes fatores, mas está presente no mercado financeiro, em maior ou menor grau.
Por esse motivo, é fundamental entender o que esse conceito significa e saber evitar as potenciais perdas derivadas dessa ameaça. Neste artigo, você vai entender mais sobre esse conceito e como influencia a sua carteira. Continue a leitura.
Risco de liquidez no mercado de investimentos se refere à dificuldade de vender um ativo e transformá-lo em dinheiro. Essa situação pode gerar prejuízos, seja porque você não consegue se desfazer do título no prazo acordado, seja pela necessidade de comercializar por um preço abaixo do valor de compra.
Todos os tipos de investimentos têm algum nível de liquidez. E nesse sentido, quanto maior a facilidade de vender o ativo, maior é a liquidez. Por exemplo, se você decidir investir em renda fixa e adquirir um título do Tesouro Direto, poderá se desfazer do ativo a qualquer momento.
No Tesouro Selic, cujo rendimento está atrelado à taxa de juros brasileira, você sempre terá alguma rentabilidade, porque esse ativo não sofre efeito da marcação a mercado. Já o Tesouro IPCA+, que renda a inflação acrescida de uma pequena taxa prefixada, quando vendido antecipadamente, pode gerar prejuízos. De qualquer forma, ambos são líquidos e você pode se desfazer a qualquer momento, desde que cumpra o período de carência.
As ações de empresas brasileiras e estrangeiras têm a mesma característica. A facilidade de comercializar um ativo vai depender da demanda. Na prática, portanto, não existe uma garantia, mas a tendência é de alta liquidez.
Alguns fundos de investimentos, por sua vez, exigem a sua manutenção como cotista até o prazo de vencimento. Essas aplicações financeiras não têm liquidez, justamente porque o período é predeterminado.
Em resumo, a liquidez de ativos varia muito, mas esse é um risco do mercado financeiro que se precisa conhecer. Essa é a melhor forma de se proteger de potenciais perdas nesse quesito.
O risco de liquidez afeta seus investimentos de diferentes maneiras e impacta a rentabilidade e a segurança do investidor. Isso significa que ele pode registrar prejuízos em caso de resgate antecipado ou venda por um preço abaixo do esperado.
Também pode haver falta de demanda, o que impede a comercialização do papel nas Bolsas de Valores.
É importante entender o risco de liquidez para escolher os ativos certos para a sua carteira de investimentos. O propósito é alinhar os seus objetivos e perfil de investidor às características dos títulos para evitar perdas potenciais ou já conhecer as possíveis ameaças para ter a chance de mitigá-las.
Por exemplo, se você opta por adquirir um imóvel para revender ou alugar, precisa saber que esse ativo tem chance de ficar desocupado, especialmente se o mercado estiver em crise. Uma forma de fazer a gestão de risco de liquidez é adquirir títulos com facilidade de venda, como as ações de empresas internacionais.
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O risco de liquidez funciona a partir da classificação em nível alto ou baixo. Quando elevado, significa que o resgate do dinheiro só pode acontecer no futuro ou você terá que vender por um preço muito mais baixo do que o esperado. Caso seja pequeno, a comercialização é rápida.
Para entender melhor, veja o exemplo de um carro. Se você tem um veículo e precisa se desfazer dele com agilidade, provavelmente terá que comercializar por um preço um pouco mais baixo. O risco de liquidez é alto, portanto.
Se trocarmos o automóvel por um investimento em renda fixa no exterior, o potencial de prejuízos é menor. Pode haver perdas em caso de resgate antecipado, mas a chance é menor.
Basicamente, o risco de liquidez de ativos recebe influência direta da lei de oferta e demanda. A dinâmica é simples: se houver muitos interessados no investimento, a facilidade de vender o título é maior. Isto é, a demanda torna mais simples a sua transformação em dinheiro.
Se acontecer o contrário, uma elevada oferta com baixa demanda, a aplicação financeira será pouco líquida. Em outras palavras, pode oferecer uma alta rentabilidade, mas você tem grandes chances de registrar perdas ou ficar com o ativo por um período mais longo do que o desejado.
De acordo com a classe do ativo, o impacto do risco de liquidez é diferente. Os papéis difíceis de comercializar podem ter alta rentabilidade, mas o acesso ao dinheiro não é tão simples. Ainda pode haver um risco de mercado maior, caso o contexto for de crise econômica.
É importante ter essa visão mais ampla e formar uma carteira diversificada, com diferentes níveis de liquidez de ativos, para potencializar os ganhos sem gerar ameaças de perdas desnecessárias. Esse processo requer a consideração do seu perfil de investidor, a fim de alinhar todos os fatores.
A relação entre liquidez e volatilidade é inversa, ou seja, quando uma é alta, a outra é baixa. Os ativos com venda fácil tendem a oscilar menos e vice-versa, portanto. Esse é outro fator que justifica a formação de um portfólio diversificado, capaz de atender a vários aspectos e fazer uma boa gestão de risco e retorno.
Você pode saber como medir a liquidez e seu risco por meio de indicadores e métricas. Os principais são:
Nesse processo, é importante analisar o volume de negociação, ou seja, a quantidade de título de um ativo adquirida ou vendida em certo período. Esse dado mostra a liquidez do papel avaliado e permite que você perceba se a tendência é de alta ou queda.
Também verifique o spread de compra e venda, que representa o valor de venda mais baixo e o preço de compra mais elevado de um investimento. Esse é outro índice que determina se determinado papel é fácil ou difícil de vender.
A partir dessas análises, monte uma carteira diversificada, com alocação estratégica de ativos e formação de uma reserva de liquidez. Essas são formas de reduzir os impactos dos investimentos de baixa liquidez e do próprio risco que você corre no portfólio.
Para evitar o risco de liquidez, algumas estratégias são necessárias. Entre elas estão escolher ativos que possam ser vendidos facilmente, monitorar a carteira constantemente e fazer um planejamento financeiro de longo prazo. Entenda melhor.
Selecione ativos para a sua carteira que tenham boa liquidez e se alinhem aos seus objetivos. Além de saber como investir, diversifique sua carteira de diferentes maneiras, por exemplo, com títulos estrangeiros, de mercados mais sólidos e que oferecem um elevado potencial de rentabilidade.
Acompanhe os resultados do seu portfólio de maneira constante para garantir o alcance dos resultados esperados. Caso algum ativo mude seu nível de liquidez, reavalie e considere a sua estratégia nessa avaliação.
O planejamento financeiro de longo prazo é uma das principais maneiras de evitar o risco de liquidez, porque traz uma visão mais ampla do fluxo de capital, formar uma reserva de emergência e ter a preparação necessária para situações de crise.
O nível de liquidez dos ativos deve ter correspondência com os objetivos e as expectativas do investidor. Essa análise depende de vários fatores, daí a importância de saber como mensurar e fazer a gestão dos potenciais prejuízos.
De qualquer maneira, é fundamental criar estratégias para evitar o risco de liquidez, como a diversificação da carteira de investimentos. Ao adotar essa medida, você protege o seu portfólio e mantém a chance de alcançar uma boa rentabilidade.
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